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Enviada em: 28/04/2018

A Constituição Federal garante os direitos e deveres dos cidadãos. Porém, nesse contexto o Brasil enfrenta o desafio de criar caminhos eficientes para combater a epidemia de crack no país. Essa droga ilícita, subproduto da pasta de cocaína com ação estimulante no sistema nervoso central, tornou-se sinônimo de "pesadelo" para milhares de brasileiros. Por um lado, o forte mercado do tráfico atribuído a uma política palio-repressiva que contribui para o fortalecimento do crime organizado, por outro lado o crescente número de usuários e os impactos sociais.       Segundo relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o narcotráfico movimenta mais de 15 bilhões de reais por ano no Brasil. A Lei de Drogas vigente criminaliza o comércio e discrimina o uso de tais substâncias. Essa repressão às drogas tem resultado no encarceramento, especialmente de jovens negros, pobres e de periferias. No entanto, dentro das prisões está o crime organizado aliado à corrupção e a perspectiva é que esse indivíduo ao adentrar o presídio, torne-se membro dessas facções. A consequência disso, é a consolidação desse mercado bilionário.       Outrossim, vale salientar os efeitos do entorpecente no organismo e a influência dessa reações químicas na guerra contra o crack. O vício ocorre devido a rápida e momentânea  sensação de prazer e felicidade, o que leva alguns usuários à decadência como situação de rua e até mesmo a morte. Nesse aspecto, é alarmante o ligeiro aumento de narcóticos nos últimos anos. Em vista disso, é relevante a criação de medidas preventivas e garantia dos direitos à sociedade. Como disse a filosofa Hannah Arrendt, o direito do cidadão é o direito a ter direitos.       Pode-se perceber, portanto, a ineficiência na gestão política  e a negligência da dignidade de uma classe, junto a corrupção que corrobora para o critico cenário de drogas no país. Para solucionar esse impasse, é imprescindível que o Ministério de Segurança Pública, recorra à reforma da Lei de Política de Droga, criando uma gestão mais eficaz e humana de forma que garanta os direitos sociais e ao mesmo tempo ocorra a repressão dos grandes traficantes. Ademais, é necessária a participação do Ministério Público na fiscalização de possíveis atos de corrupção nos sistemas prisionais. De tal forma, essas ações contribuirão para a redução do comércio ilegal e fornecimento de drogas.