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Enviada em: 27/04/2018

Há cada vez mais registros arqueológicos de que, durante a pré-história, o homem já utilizava alucinógenos em seus rituais religiosos. Hoje, o Brasil presencia o surgimento de drogas cada vez mais potentes, acessíveis e rentáveis, entre as quais o crack é a principal. Encontrar caminhos eficazes para amenizar essa grave situação tem sido um enorme e contínuo desafio para o governo e a sociedade em geral, visto que os efeitos devastadores desse problema abrangem toda a nação brasileira.      É nítido que esse caos possui uma forte ligação com a estrutura familiar dos indivíduos. Uma evidência disso é que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o uso dessa droga causa não apenas sofrimento aos entes do dependente químico, como também pode influenciar, principalmente as crianças e os adolescentes, à prática do fumo, perpetuando por gerações o ciclo desse fatídico vício.      Segundo a Universidade Federal de São Paulo, o Brasil é o maior consumidor de crack do mundo. Ademais, tal pesquisa revela que cerca de 30% das mortes no país possuem relação direta com a disseminação desse vício por parte do narcotráfico, o qual gera ainda mais violência nos centros urbanos e intensifica o uso dessas toxinas, cujas consequências podem ser irreversíveis à saúde dos seus usuários. Percebe-se, portanto, que seria inútil alertar contra o consumo desse entorpecente sem antes dar devida atenção à proteção das fronteiras por meio das quais o crack é transportado.      O filme O Poderoso Chefão retrata a ascensão das vendas ilícitas de álcool nos Estados Unidos quando foi implantada no país a rigorosa Lei Seca. Tal fato é prova de que a proibição de entorpecentes não é o suficiente para combater a mazela social das drogas, até porque, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, embora esse entrave já atinja todas as classes sociais, a principal "raiz" da epidemia do crack continua sendo a desigualdade social. Isso se explica porque os índices estatísticos revelam que os indivíduos desprovidos de uma boa condição financeira e formação educacional ainda são os que mais vendem ou usam esse narcótico.       Em vista dos fatos elencados, é essencial que a mídia televisiva e o Ministério de Educação e Cultura (MEC), promovam campanhas e ficções engajadas objetivando informar a população a respeito dos mecanismos de narcodenúncia e prevenção contra esse mal. Outrossim, as Forças Armadas devem estabelecer maior rigor em suas inspeções e recompensas extras aos funcionários, engajando-os ainda mais na proteção fronteiriça do Brasil no que tange ao tráfico de drogas. É imprescindível, ainda, que o Banco Nacional Comum Curricular enfatize o estudo sobre as drogas no currículo escolar, fazendo com que as escolas brasileiras desenvolvam projetos recreativos e informativos que convençam os alunos de que a educação pode inibir a continuidade do caos provocado pelo crack.