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Enviada em: 30/04/2018

Um perigoso vilão ronda a sociedade brasileira. Droga barata e muito potente tem perseguido as famílias buscando novas vítimas. Atende pelo nome de crack, forma de cocaína feita para fumar. O seu consumo alcançou níveis de epidemia em vários países, e levou o Brasil ao primeiro lugar como maior consumidor do mundo.       Segundo pesquisa feita em 2012 pela Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), no Brasil 2 milhões de pessoas já usaram a droga. O crack surgiu no país nas grandes cidades e no decorrer dos anos chegou às cidades pequenas e atingiu as áreas rurais. A maior parte da produção é internacional, sendo distribuída a pequenos traficantes para vendas locais. Por possuir efeito potente e apresentar baixo valor de compra, o crack difundiu-se entre todas as classes sociais, seja morador de rua, pessoa de baixa renda ou pessoas com alto grau de escolaridade e posição social. Devido a pressão em que a sociedade vive hoje, sempre exigindo cada vez mais do ser humano, criando um ambiente competitivo, sem tempo para pensar em si mesmo, as pessoas recorrem a alternativas de escape: crack.       Em entrevista à R7, o psiquiatra e psicólogo da Unifesp responsável por pesquisas para tratamento de dependência do crack, descreve a droga como a que causa a dependência mais grave e tem o consumo mais compulsivo de todas. Os efeitos chegam em 20 a 60 segundos e duram de 2 a 5 minutos, o que leva a uma ingestão desenfreado. O psiquiatra alerta que o uso do crack leva a comportamentos impulsivos, agressivos, atitudes violentas e chega à psicose cocaínica, que são delírios e paranoia devido à abstinência da droga. Afirma ainda, que o apoio da família e amigos ao usuário é indispensável para auxiliar no tratamento.       Dentro desse urgente cenário, os dependentes necessitam além do apoio profissional, oportunidades de estudo e inserção na sociedade como agentes que possam contribuir e se sentirem úteis. Além disso, os familiares das vítimas necessitam de orientação para lidar com situação, sem pressionar ou exigir em excesso dos pacientes. E férias para relaxar.