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Enviada em: 27/04/2018

Um grito de socorro   É indubitável que a dependência e o vício em drogas afetam as relações em uma sociedade – aumento da violência, criminalidade e mortalidade, por exemplo. Fato é que, no Brasil, hodiernamente, vivencia-se uma epidemia da droga conhecida como “crack”, que lesiona e assola vidas e laços familiares devendo ser, portanto, rapidamente combatida e controlada. Diante disso, deve-se analisar como a negligência estatal e o insuficiente combate ao tráfico de drogas prejudicam, ainda mais, tal problemática.     A negligência do estado no que se refere ao apoio à clínicas e ao tratamento de usuários é uma grande responsável pela epidemia observada. Isso porque, segundo Ivone Ponczek, diretora do Núcleo de atenção ao usuário de drogas, o governo e as prefeituras insistem em punir o usuário de drogas ao invés de ajudar no tratamento destes. Nesse contexto, observam-se intensos confrontos entre a polícia e os usuários, que moram, maioritariamente, nas ruas. Não é à toa, então, que, recentemente, houve intenso conflito na desocupação do bairro conhecido como “cracolândia” em São Paulo, haja vista que, o então prefeito João Dória, solicitou força policial para dispersar os usuários que residiam no local, indo de encontro a ideia do tratamento e punindo usuários, que não são criminosos e sim, pacientes.         Atrelado à negligência estatal, o falho combate às drogas prejudica, em muito, a epidemia do crack. Isso ocorre devido a branda pena destinada aos traficantes de drogas aliado com a crise observada na polícia - evidenciada pelo alto número de greves e atraso no salários. Em decorrência disso, cada vez mais, os traficantes voltam à ativa e pelo escasso número de policiais, o tráfico de drogas persiste na sociedade brasileira. Sob ângulo educacional, Paulo Freire, em seu livro "Pedagogia do Oprimido", ressalta que a educação é a principal ferramenta na formação do homem enquanto ser e cidadão. Por conseguinte, entende-se que, uma educação boa, previne o tráfico de drogas.   Torna-se evidente, portanto, que, no Brasil, o crack é uma epidemia que deve ser combatida e controlada. Em razão disso, o Governo Estadual em parceria com as Prefeituras, devem solicitar o ampliamento no número de clínicas nas principais cidades que sofrem com este mal, para que, com um maior índice de tratamento, o crack deixe de ser uma epidemia e passe a ser controlado no país canarinho. Além disso, o Governo Federal deve ouvir as policias competentes de todo o país, afim de evitar futuras greves e atraso de salários, já que com a polícia preservada, o combate ao tráfico será efetivo. Dessa forma, a questão da epidemia do crack será controlada e vidas e laços familiares serão, finalmente, preservados.