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Enviada em: 30/04/2018

O Crack surgiu nos EUA, na década de 70, como uma forma mais acessível e potencializada da Cocaína. Consumida, primeiramente, pelas camadas mais baixas da sociedade americana, a droga, com o passar dos anos, espalhou-se para vários países, incluindo o Brasil. Atualmente, na sociedade brasileira, o consumo de Crack é um problema de saúde pública. Diante disso, deve-se analisar como o tráfico internacional de drogas e as ineficientes políticas públicas dificultam o combate dessa epidemia.     O Brasil, segundo o jornal Estadão, é o 2º maior consumidor de Cocaína do mundo, e o maior consumidor de Crack. Isso reflete o lucrativo comércio de drogas estabelecido com alguns países que fazem fronteiras com o Brasil, como: Chile, Peru e Colômbia. Países esses, que são os principais fornecedores da matéria básica para a fabricação do crack, a cocaína. Por consequência, o Crack é fabricado e traficado no território brasileiro com um valor acessível, tornando-se atraente também para os viciados em outros tipos de drogas, já que  com o preço menor e  um efeito mais potente, o Crack torna-se uma ótima opção para aqueles que não conseguem mais sustentar o vício em outras drogas.     Atrelado ao comércio fronteiriço de entorpecentes, as políticas públicas ineficientes prejudicam o combate ao Crack. Isso porque faltam programas de saúde apropriados voltados para a prevenção, tratamento e reabilitação efetiva do usuário. Já que esses, muitas vezes, são tratados de forma inadequada, como, por exemplo, são internados compulsoriamente com o uso da força em clínicas de reabilitação sem estruturas para auxiliar os problemas posteriores à internação, como, as crises de abstinência, e os problemas psíquicos e físicos ocasionados pelo vício. Assim, a internação é vista como punição e não como tratamento, consequentemente, a maioria dos internados voltam a usar Crack quando são liberados. Pois, segundo Jean-Paul Sartre, a violência é sempre uma derrota.    Torna-se evidente, portanto, a gravidade da epidemia de crack na sociedade brasileira. Em razão disso, é necessário a interface entre os governos federal, estaduais e municipais, articulando ações conjuntas. Como, a elaboração de leis mais rígidas para traficantes por parte do legislativo, e um maior combate das policias federais contra o tráfico nas fronteiras do território brasileiro. Além disso, a União junto com o Ministério da Saúde e as secretárias estaduais e municipais, deve destinar parte da receita para a prevenção, tratamento e reabilitação dos viciados. Construindo clínicas de reabilitação, contratando profissionais, como, psicólogos, médicos e professores para atuar nessa clínicas. Na prevenção,  o Ministério da Educação deve promover junto com as escolas, visitas dos estudantes do ensino fundamental e médio a essas clínicas de reabilitação, colhendo depoimentos dos usuários de drogas e assim propiciando o encontro desses alunos com a realidade de quem é viciado.