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Enviada em: 30/04/2018

Presente no Brasil desde a década de 90, o Crack continua a ser um problema na sociedade brasileira. Espalhada por todas as classes socais, a droga é derivada da cocaína e misturada à outras substâncias, produzindo um produto de baixo custo e de alto poder viciante. O vício em crack tornou-se um caso de saúde pública que está beirando níveis epidêmicos e é um enorme desafio para as autoridades.      O vício ocasiona situações extremas, sobretudo sobre a população mais podre, que além do acesso à uma droga de baixo custo, se encontra em situação de vulnerabilidade. Na busca por prazeres imediatos e da fuga da realidade, muitos se desfazem de seus bens para adquirir a substância. O que se forma a partir do aglomerado de pessoas que perdem seus bens ou deixam suas casas, são as Cracolândias, o que evidencia uma ineficiência de todo o sistema de exclusão social, incapaz de oferecer orientação, moradia e saúde para a população.     O tráfico e o acesso às drogas estão em todas as camadas da sociedade. Certas medidas começaram a ser tomadas na tentativa de controlar o acesso e o consumo, porém se demonstraram inoperantes. O método utilizado, na grande maioria das vezes, é a repreensão partindo de uma ação higienista, o que resulta em intolerância, repressão e desumanização do usuário.      Diante desses obstáculos, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação devem atuar em conjunto. O primeiro, deve ampliar o investimento nos processos de tratamento, construindo clínicas de reabilitação, ampliando a rede de apoio com médicos, assistentes sociais e psicólogos. Já no âmbito educacional, deve-se investir em pesquisas para tratamento, apoio às universidades para implantação de centros de referência, assim como, na oferta de cursos para os dependentes para a sua reinserção na sociedade. Assim, reconhecendo o usuário como cidadão pleno de direitos, oferecendo um ambiente seguro e com ampla atenção e respeito será possível combater a epidemia.