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Enviada em: 04/07/2018

Listado como um dos grandes males do Séc. XXI, o crack assombra cada vez mais jovens e famílias brasileiras. Nos últimos anos, tem aumentado o numero de pessoas que se veem no caminho "quase que sem volta" para o mundo dessa droga letal, que há muito tempo não escolhe mais cor, gênero ou classe social. A ineficiência do Estado em gerir a luta contra às drogas através da adoção de medidas imediatistas e aquém dos Direitos Humanos, se mostra como principal causa dessa problemática.       O primeiro grande equívoco, se dá na associação do uso de crack apenas a população pobre ou de rua. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, os usuários de crack com renda familiar acima de 10 mil reais aumentou em 139,5%, portanto, o senso comum de que o vício atinge apenas a população com menor poder econômico, desvia o poder público das raízes do problema, já que os grandes traficantes bem como os maiores financiadores do tráfico se encontram distantes da pobreza e da exclusão social. As visões preconceituosas e não planejadas, leva os gestores públicos a adotarem medidas pouco efetivas, como a prisão de usuários de drogas, que nada adiantará senão houver uma reabilitação ou tratamento contra as dependências químicas do indivíduo.       Ademais, a falta de assistência do Estado com os usuários, torna praticamente inexistente qualquer possibilidade de recuperação do mesmo. A Constituição Federal Brasileira garante à todos os cidadãos o acesso à saúde, no qual se inclui o tratamento contra dependências químicas, porém, através da falta de clínicas de reabilitação, mais de 370 mil usuários de crack, somente nas capitais brasileiras, são privados desse direito básico. Além disso, a falta de projetos que evitem o isolamento social dos dependentes, não permite aos mesmos alcançar a inclusão na sociedade, o fator mais importante para que o indivíduo se livre do vício, evidenciando a urgência de medidas nesse ponto.       E necessário portanto, garantir o investimento no tratamento de dependentes do crack, através da criação de clínicas públicas de reabilitação pelo Ministério da Saúde, esse locais devem possuir além do tratamento, acompanhamento psicológico para aqueles que enfrentam outros problemas sociais, como por exemplo, os moradores de rua, que se encontram a beira do vício todos os dias. Cabe ainda à ONG´s, o desenvolvimento de projetos em parceria com grandes empresas, que possam empregar ex-usuários, agora recuperados, garantindo assim, uma melhor qualidade de vida, evitando que os mesmos procurem novamente o caminho do crack. Dessa forma, será possível amparar, incluir e garantir uma esperança às milhares de vidas e famílias brasileiras que se veem ameaçadas por essa epidemia.