Materiais:
Enviada em: 27/05/2019

Problemas psicológicos. Agressividade. Elevada mortalidade. Alta viciabilidade. Essas são algumas constantes que permeiam a discussão sobre as alternativas para o combate ao crack no Brasil. Assim, mesmo com todo o desenvolvimento social e tecnológico presente, a problemática das drogas, ao invés de estarem sendo sanadas, estão adentrando cada vez mais a residência de todo tipo de cidadão brasileiro, de todas as classes sociais. Nesse sentido, percebem-se dois pontos nessa problemática: a falta de inteligência policial e o descaso do Governo.   Nesse contexto, é importante salientar que a polícia age, muitas vezes, de maneira equivocada, apenas reprimindo o usuário. Entretanto, é necessário um maior grau de inteligência e sincronização de dados, para que polícia atue somente em cima dos traficantes, que são os verdadeiros criminosos. Segundo a revista Veja, 70% das atividades policiais, no Estado de são Paulo, são contra usuários, e apenas 30% são contra traficantes. Torna-se claro, à vista disso, que esse tipo de condução dificilmente resolverá o problema das drogas pois está atacando somente o sintoma e não a causa. Ademais, outro grande fomentador dessa problemática é o crônico descaso do Governo para com os dependentes químicos, que, mesmo estando em situação de vulnerabilidade, não recebem, na maioria das vezes, nenhum tipo de assistência do Estado. De fato, como disse o ex-presidente Fernando Henrique: ''Droga não se combate apenas com repressão''. Dessa forma, é fundamental o acompanhamento médico desses cidadãos.  Fica, evidente, portanto que o discernimento policial e atuação do Governo são imprescindíveis para o combate ao crack no Brasil. Nesse sentido, faz-se necessário que o Governo, por meio do ministério da Justiça, mude a metodologia de ação da polícia, sincronizando os dados de todas as forças policiais - civil, militar e federal -, para que os traficantes sejam pinçados cirurgicamente dos morros, evitando, assim, o confronto com usuários. Além disso, é preciso que a mídia denuncie duramente os descasos do Governo para com os dependentes. Só assim os desafios diminuirão.