Materiais:
Enviada em: 29/06/2019

A incansável guerra contra o mal       No século XIX, a China travou uma guerra contra a Inglaterra para livrar sua população do vício ao ópio vendido pelos ingleses, porém foi derrotada e a droga continuou a circular em seu território. De maneira análoga, hodiernamente, a população brasileira luta a fim de encontrar os caminhos para combater a epidemia de crack na sociedade. Diante dessa perspectiva, analisa-se a necessidade da descriminalização dos usuários de droga, em consonância ao combate da supremacia do tráfico.       Nesse contexto, de acordo com Durkheim, sociólogo alemão, na sociedade existem anomias sociais que são práticas que fogem ao funcionamento padrão de uma comunidade. Logo, destaca-se que a criminalização do dependente químico é um equívoco governamental, uma vez que aquele indivíduo possui uma patologia que deve ser identificada e tratada como outra qualquer. Por conseguinte, é imprescindível tratar o vício ao crack e a outras drogas que gerem dependência como casos de saúde pública, e não apenas de polícia. Além disso, ressalta-se a atividade do tráfico de drogas no Brasil a partir da década de 1950, e que no decorrer dos anos aumentou cada vez mais sua influência e tornou-se uma das principais facções criminosas atuantes no país. Consequentemente, organizou-se em meio as cidades brasileiras um estado paralelo, que dita as leis nas regiões comandadas por eles, além de disseminar o uso de drogas, principalmente do crack, tanto nas periferias quanto nos bairros de classe social mais elevada. Em vista disso, o combate a epidemia do uso de crack no Brasil depende da inibição das atividades do tráfico, pois estão diretamente relacionadas.       Destarte, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde a criação de projetos sociais que tratem os doentes, por meio de assistência social nas ruas e até mesmo a criação de alas em hospitais para esses casos, para que assim os dependentes possam ter um tratamento adequado. Ademais, compete ao Ministério da Justiça a derrocada do tráfico no Brasil, por intermédio do planejamento de operações e ocupações que visem tirar a influência desses criminosos, a fim de garantir maior segurança e menor circulação de drogas à população. A partir dessas medidas, será possível seguir um caminho contrário ao da China e vencer a epidemia do Crack.