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Enviada em: 17/08/2017

Nas últimas décadas constatou-se no Brasil o aumento significativo de pessoas com alguma dependência química por drogas ilícitas. Recentemente, surgiu uma epidemia de crack que se espalha por todas as partes do país, ascendendo o debate de como combater esse mal que causa problemas e preocupações para a maior parte da população nacional. Nesse sentido, convém analisar de forma crítica as principais causas e consequências para que se possa encontrar uma solução efetiva.       Primeiramente, é importante destacar que o atual cenário brasileiro tem bases históricas que se perpetuam até os dias atuais. Sendo assim, desde o século XX, as políticas públicas não foram capazes de recepcionar o grande contigente populacional vindo do campo no processo de êxodo rural, formando diversas aglomerações de cidadãos vivendo em situações precárias. Assim, sobre essa vulnerabilidade social, onde praticamente todos os direitos do artigo 5º da Constituição Federal foram negados, se instalou o uso dos entorpecentes controlados por traficantes, que vêm se espalhando por todas as classes sociais nas diversas partes da Nação.       É válido lembrar ainda, que segundo especialistas, como a diretora do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) Ivone Ponczek, os representantes do povo permanecem agindo de forma errada no combate ao crack. Nesse sentido, além da carga histórica da falta de direitos, constata-se uma maior atenção dos governantes ao uso da esfera repressiva, através da polícia, sobre os dependentes químicos, onde na verdade essa parcela não passa de reféns das drogas, manipulados por traficantes. Logo, a falha na assistência do Estado, principalmente com o ensino, provoca esse tipo de mal na sociedade, pois segundo Pitágoras, é preciso educar as crianças para não ser necessário castigar os homens.       Fica evidente, portanto, que medidas são precisas para atenuar esse impasse. Em primeiro lugar, as escolas e a mídia podem criar campanhas continuas de conscientização sobre os males do uso das drogas, medida que pode ser feita com palestras, brincadeiras lúdicas e projetos exemplares, como o Proerd, desenvolvido pele Polícia Militar. Ademais, o Governo Federal deve promover um plano de combate a entrada de substâncias ilícitas no país, ação que pode ser realizada com o uso das Forças Armadas na fiscalização das fronteiras, bem como com o uso das tecnologias presentes na atualidade, como o serviço de monitoramento e de interligência. Assim, gradativamente a sociedade brasileira conseguirá se livrar dessa epidemia chamada crack.