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Enviada em: 18/08/2017

A lei da reforma psiquiátrica, 2001, estabelece normas para humanizar o tratamento de pacientes psiquiátricos, e dentre esses estão os dependentes químicos. A partir disso, as internações - sejam elas voluntárias, involuntárias ou compulsórias - só podem ser realizadas como último recurso. Contudo,  a inserção de viciados em drogas, por meio da força, em clínicas de tratamento, não contribui para a melhora de vida desses indivíduos. Logo, é necessário uma melhor discussão sobre a problemática visando à qualidade de vida dessas pessoas.       Em primeiro lugar, a violência que é imprimida aos cidadãos toxicômanos traz consequências físicas danosas. Prova disso foi o acontecimento que ocorreu em maio desse ano na cidade de São Paulo: uma megaoperação para desarticular a cracolândia . Como consequência, a polícia agiu de forma truculenta na qual uma pessoa ficou ferida e cinquenta e três foram presos. Esse evento faz parte do novo programa de tratamento de usuários viciados em crack do então prefeito João Doria.             Além disso, essa brutalidade desrespeita direitos fundamentais aos quais essas pessoas estão protegidas. Pois, segundo a constituição federal de 1988, o direito à vida, o direito à liberdade e o direito de ir e vir estão expressos de maneira taxativa, de modo que eles possam ser assegurados pelas autoridades competentes. Ademais, essas prerrogativas foram conquistas de vários movimentos no decorrer da história, a exemplo da revolução francesa de 1789. Como consequência desse processo, temos a introdução no mundo da  declaração de direitos do homem e do cidadão que diz em seu art.1: "os homens nascem, são livres e iguais em direitos".             Fica claro, portanto, que a internação compulsória de viciados em tóxicos não surte os efeitos esperados. Logo, o governo federal, por meio do ministério da educação, deve promover palestras educativas nas escolas objetivando a orientação dos alunos sobre os resultados da utilização de drogas. Outrossim, as ONGS, através de programas assistencialistas, têm que priorizarem famílias que foram destruídas pelo uso de entorpecentes e com isso mirar no tratamento dessas pessoas. Por fim, a mídia, através do seu conteúdo propagandístico e publicitário, precisa reforçar sobre os direitos do cidadão, bem como alertar sobre os efeitos do vício em substâncias ilícitas químicas. Pois, só assim, construir-se-á uma sociedade com ¨melhor condições para o bem-estar do indivíduo.