Enviada em: 26/08/2017

Adotada pelas Nações Unidas em 1948, a declaração universal dos direitos humanos visa garantir o respeito à dignidade humana. No Brasil, entretanto, tais garantias não são verificadas em relação à construção de caminhos para combater o crack no Brasil. Isso se evidencia pelo pouco debate sobre o problema, como, também, pela omissão do Estado.                Primordialmente, a falta do acesso à informação fomenta o impasse do crack no país. Nesse sentido, o pouco debate do assunto nas instituições educacionais, fontes midiáticas e pela própria família ocasiona uma “camuflagem” social, isto é, como se o problema não existisse. Outrossim, de acordo com a Unifesp, o Brasil é o maior consumidor de crack no mundo, dessa forma, fica claro a importância do debate sobre o tema para a construção de caminhos conscientizadores e preventivos.    Ademais, a constituição de 1988 não é o escopo da questão. Por conseguinte, de acordo com Gilberto Dimenstein, em leituras de cidadão de papel, a democracia brasileira funciona apenas na teoria, a plena cidadania, ou seja, o que implica em total respeito aos direitos humanos, está longe da realidade brasileira. Consequentemente, a omissão do Estado e a ausência de políticas públicas eficazes em prol da luta contra o crack torna ainda mais difícil a prática dos direitos “garantidos” pela constituição de 1988- o direito a saúde, por exemplo.      É necessário, portanto, debater sobre o assunto e criar políticas públicas eficazes. Nesse contexto, é dever do Estado investir no sistema de saúde brasileiro, por meio da liberação de verbas, capacitação de funcionários, contratação de psicólogos e mais profissionais de saúde treinados para lidar com dependentes químicos e a ação de assistentes sociais pelas ruas brasileiras, com o intuito de oferecer tratamento , sem o uso da força, para que o problema do crack seja diminuído. Ainda mais, a escola em consonância com a família deve promover rodas de conversas e dramatizações, com o intuito de debater sobre o tema, para que a informação e conscientização dos efeitos do crack chegue para todos.