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Enviada em: 27/08/2017

O uso do crack, substância psicoativa cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, tornou-se caso de saúde pública no Brasil. Por ser um psicotrópico barato e acessível, há quem pense que a droga é adquirida apenas por pessoas pobres, sendo que, no entanto, a dependência da droga afeta todas as classes sociais. Diante desse contexto, percebe-se que o crack é um problema social e de saúde, e, sendo assim, requer ações eficazes nesse sentido.        O maior problema quando se refere ao crack é o fato de os dependentes não serem tratados com a devida atenção. Em recente ação da prefeitura de São Paulo em parceria com o governo do estado na cracolândia, área na centro da cidade onde há comercialização e espaços para utilização da droga, houve claramente truculência e falta de planejamento social. Esse fato é um exemplo a não ser seguido, uma vez que evidencia uma preocupação apenas com a estética da cidade e consequente desrespeito com o ser humano. Os psicodependentes precisam de abordagens médicas e psicossociais, com participação da família e de grupos de apoio, além de internação e uso de medicamentos, quando necessário, não de serem marginalizados por parte do poder público.        Por outro lado, há a necessidade de combate intenso à entrada assim como ao tráfico da substância. O Ministério da Saúde estima que 600 mil jovens sejam dependentes do crack, e o fácil acesso à droga contribui para que esse número aumente a cada dia. Nesse sentido, faz-se necessária a intensa vigilância da fronteira brasileira, onde há entrada massiva de drogas. Aliado a isso, é imperativo que sejam realizadas incursões com força policial e assistência social nas diversas cracolândias espalhadas pelo país, principalmente em capitais, dado que nesses locais os traficantes dominam os espaços e agem livremente devido a falta de devida atenção ao assunto.       Por tudo isso, faz-se indispensável a adoção de medidas a fim de mitigar o problema exposto. Para tanto, governos municipais em parceira com organizações não governamentais devem criar espaços com voluntários aptos a tratarem dependentes do crack. Além disso, é importante, ainda, que o governo federal e empresas privadas implementem programas de assistência social com vistas a realizar estudo de campo nas cracolândias com o objetivo de conhecer melhor a realidade das pessoas desses lugares para, consequentemente, fornecer reabilitação para os que precisam de acordo com a necessidade de cada um.