Com alto poder de gerar dependência, o crack constitui atualmente um dos grandes problemas sociais do Brasil. No país, aproximadamente 2 milhões de pessoas já usaram a droga, de acordo com a UNIFESP. Os efeitos gerados pelo consumo da droga são refletidos não só no usuário mas também na família e em toda a sociedade. Dessa forma, é necessário buscar meios para combater esse problema que ganha cada vez mais espaço no país. O Brasil representa 20% do consumo mundial de crack, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas(LENAD). O fenômeno social das cracolândias comprova a devastação causada pelo uso da droga. Nesses locais, mais claramente vistos nos grandes centros urbanos, os dependentes apresentam-se fisicamente fragilizados. Por isso, o cuidado adequado da saúde dessas pessoas é de fundamental importância. No entanto, de acordo com especialistas, como o vice-presidente do conselho federal de medicina, Carlos Vital, as ações do plano de enfrentamento ao crack encontram dificuldades em seu orçamento. Por isso, um meio de garantir a melhora na saúde dos dependentes é o financiamento adequado das politicas voltadas para o problema. Outra forma de combater o crack é por meio de projetos sociais, um exemplo disso é o projeto Cristolândia, um programa que atua na prevenção, recuperação e assistência de dependentes nas áreas mais afetadas. Em Minas Gerais, ao longo de 4 anos foram realizados 5.472 atendimentos, 231 pessoas retornaram ao convívio familiar e 45 foram reinseridas no mercado de trabalho, segundo os administradores do programa. Dado o exposto, é possível observar que o incentivo a projetos é um grande aliado na reinserção dessas pessoas na sociedade. Portanto, o governo deverá aumentar o investimento em tratamentos, ampliar o número de profissionais da saúde por meio de cursos em universidades. E incentivar projetos sociais através de campanhas em televisão, bem como financiar esses projetos.