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Enviada em: 06/09/2017

O cenário brasileiro em que os usuários de drogas ilícitas estão inseridos pode ser comparado ao cenário estadunidense da década de 1920, período da Lei Seca, quando proibiu-se a venda de bebidas alcoólicas. Nesse período surgiram grandes mafiosos, que podem ser comparados aos traficantes brasileiros e, além disso, como não tinha nenhuma regulamentação do governo, muitos acabavam por fazer bebidas caseiras extremamente tóxicas e, ainda, os mafiosos não se preocupavam com a qualidade do produto, motivos que causaram algumas mortes. Logo, fica claro que a proibição é um caminho contrário ao que se deve seguir. No Brasil, apesar de haver a criminalização do comércio de drogas, ocorreu a descriminalização do uso dessas, o que, de certa forma, é um pequeno passo para um futuro mais saudável e com perspectivas melhores na vida da população usuária de drogas. Primeiramente, deve-se destacar que a ação da política contra as drogas não tem sido efetiva no combate ao uso dessas, e que o contrário ao pregado por essa, tem sido efetivo em outros países. Um ótimo exemplo é a Holanda, que para diminuir o consumo de heroína, considerada uma droga com maior impacto na vida do usuário, legalizou a produção e venda da maconha. Essa tática se mostrou efetiva, e poderia ser um exemplo a ser tomado pelo Brasil. Além disso, um problema a ser enfrentado é a marginalização e discriminação dos usuários de crack brasileiros. Há lugares, como a Cracolândia, em São Paulo, que os usuários ficam segredados em um espaço marginalizado, com altas taxas de assaltos, e também, onde a venda ilegal ocorre livremente. Essas pessoas que ali estão marginalizadas, devem ser integradas à sociedade e tratadas como um caso de saúde pública, em que é necessário fazer a conscientização de sua necessidade por tratamento, para se verem livres do vício. Desta forma, fica claro que para combater a epidemia do crack é necessário mudar. A mudança para iniciar o processo deve vir do Estado, tornando legal o consumo da maconha, assim como a Holanda, para diminuir o consumo de drogas mais pesadas. Além disso, a ação voluntária de ONG's devem agir fortemente na conscientização dos usuários e suas famílias, seja por meio de panfletagem ou até mesmo tendo contato direto com essas pessoas. Por fim, faz-se necessário desmarginalizar os locais em que se encontram esses moradores, oferecendo uma melhor segurança a eles e aos outros cidadãos que ali passam.