Materiais:
Enviada em: 11/09/2017

As novelas brasileiras sempre trazem em sua trama questões pertinentes na sociedade que precisam ser debatidas. Deste modo, a novela Verdades Secretas trouxe a personagem Larissa - interpretada por Grazzi Massafera - que teve sua carreira como modelo destruída paralelamente ao uso do crack. As cenas, protagonizadas por ela, mostravam desde os primeiros sintomas da abstinência até as conseqüências finais causadas pelo vício, que foram destes estupros coletivos sofridos por ela até a pratica de crimes para saciar a fissura. A história de Larrisa, apesar de fictícia, pode ser usada como exemplo para discutir um problema que vem crescendo na sociedade brasileira: o uso do crack.  Segundo pesquisa, realizadas pela Fiocruz sobre o consumo de crack e similares (pasta base, merla e oxi), estima-se que há 370 mil usuários da drogas apenas nas capitais do país. O crack é obtido através das sobras da fabricação de cocaína, portanto funciona como um reaproveitamento do que iria ser jogado fora em um novo produto, portanto é compreensível seu baixo preço o que gera a possibilidade maior de propagação por todas as classes sociais.  Além do baixo preço da droga, o crack tem um efeito muito rápido no organismo (cerca de 5 minutos) que culminam na frequentabilidade maior do usuário na busca daquele prazer proporcionado. Após o uso intenso e repetitivo, aquela euforia da lugar à insatisfação, cansaço e depressão que leva o usuário a querer mais e mais, chegando então a desenvolver comportamento violento e agressivo que possibilita maior perigo tanto ao usuário quanto a quem esta em volta. Outrossim, é comum o progresso de problemas de convivência que gera impasses no ambiente trabalhista e familiar que resultam, em último caso, no abando do lar e do emprego e então o encaminhamento para a pratica de crimes e da prostituição com a finalidade de obter dinheiro para custear o vício gerando maiores danos à integridade própria.  Portanto, é necessário medidas que visem solucionar a problemática. O Governo deve destinar auxílio especializado (psicológico e físico), que possa atuar na mudança comportamental do usuário e que o faça buscar o tratamento ao vício voluntariamente. Ademais, o Ministério da Saúde juntamente com o terceiro setor – composto por associações que se mobilizem em prol da melhoria da sociedade – devem realizar campanhas e programas como o Proerd, ministrados por especialista, que visem abordar o tema Crack e seus malefícios na vida civil. Tais medidas seguem o pensamento do economista social Arthur Lewis, qualquer investimento no setor da educação possui um retorno garantido e benéfico à sociedade. Sendo assim, investimentos são necessários para por fim a histórias reais e tenebrosas vividas por “Larissas reais”.