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Enviada em: 02/10/2017

Desde a Guerra do Ópio, na China, até a contemporaneidade, sobretudo, com a problemática do crack, o uso de drogas é um hábito nocivo que necessita ser analisado para poder combatê-lo. Nesse sentido, os efeitos dos entorpecentes assolam gerações inteiras, além da violência, afeta o equilíbrio da sociedade e a saúde mental do indivíduo.     Numa perspectiva psicológica lacaniana, a droga é objeto de deslocamento do mundo real para dimensão imaginária do sujeito sem controle das razões simbólicas que sustentam e, por conseguinte, a própria existência humana. Sob essa ótica, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, os indivíduos que vivem na Cracolândia afirmam que conflitos familiares, violência e abandono foram os principais motivos que os levaram a morar nesse lugar. Diante disso, o centro do problema é social e o crack é a penas um sintoma dos mais graves, de um mal maior: a exclusão social, a miséria e o desemprego   Ademais, as drogas afetam a saúde e o discernimento de milhões de pessoas no mundo, principalmente de jovens, podendo levar à morte por assassinatos, overdose, suicídios e acidentes fatais. Nesse contexto, de acordo com  a pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, mostra que 77% dos dependentes desejam tratamentos voluntários, e que estratégias baseadas no acesso à saúde, trabalho, moradia e direitos sociais, têm se mostrado eficazes na diminuição do consumo e dos efeitos sociais das drogas. Desse modo, por não se limitar a um país e ter proporções significativas, pode-se dizer que é uma questão de saúde pública mundial.   O desafio é mais amplo e complexo do que aparenta e é preciso investir a longo prazo. Partindo desse pensamento, cabe aos governos, gerarem empregos para os dependentes químicos e com o apoio da Organização Mundial da Saúde e da ONU, criarem programas de reabilitação mais completos, sem caráter compulsório, fazendo parcerias com ONGs, por meio de seus profissionais  de saúde e pesquisadores. Além disso, a escola e a família têm papel fundamental na ampliação de ações e campanhas educativas sobre os danos pessoais e sociais causados pelas drogas. Só assim, será possível combater a epidemia do crack e garantir um mundo  de novas perspectivas para os usuários.