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Enviada em: 25/10/2017

No poema "No meio do caminho", do autor Carlos Drummond de Andra-de, tem-se a alusão de uma pedra como um percalço do cotidiano. Todavia, no contexto não-literário, esse obstáculo torna-se perceptível em um novo contexto: o índice crescente do uso do crack no país. Logo, a tênue repres-são ao narcotráfico e a improficiência no âmbito salutar e social, em espe-cial nas áreas periféricas, impõe, assim, meios enérgicos a reversão disso.     Segundo o sociólogo Durkheim, o indivíduo necessita obedecer a regi-mentos legais, uma vez que este fato social é um elemento coercitivo. Contudo, a facilidade na aquisição do crack e a lucratividade expressiva na sua comercialização corroboram a pungência do narcotráfico e ao alicia-mento ao crime dos viciados. Concomitante a isso, a atual "Lei de drogas" que imputa ao policial a distinção entre traficante e usuário, pela quanti-dade portada, torna-se discutível pela subjetividade na autuação. Com isso, a punição austera aos reais narcotraficantes induzem ações efetivas.     Outrossim, a plenitude no tratamento dos dependentes químicos mostra-se com um desafio salutar e social. Prova disso, conforme o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), o Brasil é o país com o maior número de consumidores de crack do mundo com proporção crescente de usuários. Dessa forma, o debate em torno da internação compulsória como estratégia ao fim das Cracolândias municipais, alvo da especulação imo-biliária,e à eficiência terapêutica intitulam uma atenção singular ao método.         Diante desse cenário, para coibir o crescimento de toxicomaníacos na nação, é imprescindível ao Judiciário a revisão na Lei de drogas por meio da definição e investigação plausível dos traficantes, além de punições mais austeras a fim de conter o avanço das facções criminosas. Ademais, o trabalho mútuo entre escolas e Secretarias de Esporte e Cultura no intuito de promover projetos desportivos e artísticos nas áreas de maior vulnerabilidade ao uso de crack torna-se crucial. Por fim, parcerias público-privadas a fim de ampliar as Redes de Atenção Psicossocial (CAPS) pelo suporte clínico, são vieses a extirpação da "pedra" à parcimônia social.