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Enviada em: 10/10/2017

O crack é uma droga derivada da cocaína, mas não é nada parecida com ela. Até mesmo o perfil dos usuários de crack, a forma física, psíquica e social dos mesmos é completamente diferente das características do usuário de cocaína. Falar de crack, não é apenas falar de um entorpecente, é falar de uma nova forma de vida adotada por seus usuários. Logo, para combater o crack é preciso entender e analisar esse modo de vida e assim encontrar as soluções para o vicio.     O consumo de crack no Brasil não configura crime, e isso está correto. O crack gera alta dependência e indisponibilidade do individuo, é uma doença  que leva o dependente a perder o trabalho, por ficar indisposto ou mesmo ansioso demais. Essa ansiedade é derivada do vicio, o usuário quer logo a próxima dose, e não pode esperar o pagamento ou até mesmo o fim do expediente. Logo, sem trabalho, ele não consegue dinheiro para manter o vicio e isso o leva para uma vida completamente perigosa. Para as mulheres o comum é a prostituição, para os homens, roubos ou furtos. Essa desestruturação do usuário como individuo é o principal problema do crack.     Não é mera coincidência o consumo e venda de crack estar mais presente em áreas de pobreza, isso é uma constatação puramente lógica. Crianças e adolescentes criadas a merce de um sistema excludente, burocrático e corrupto os torna corrompidos não por maldade, mas por necessidade e falta de informação. Adolescentes se espelham nas pessoas ao seu redor, e a única pessoa no seu circulo que tem dinheiro para alimentação, vestimenta e afins é o traficante. Soma-se a isso a falta de informação sobre o consumo de crack e seus males, e tem a atual situação brasileira.    Para combater o crack é preciso combater os motivos que levam o usuário ao encontro do crack, e os motivos são pobreza, falta de educação e principalmente, perspectiva de vida, adolescentes precisam sonhar além do que está ao seu redor, ou elas iram manter esse ciclo de destruição.