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Enviada em: 12/10/2017

O crack é uma variação da cocaína que vicia muito rapidamente, causando um alto grau de dependência em seus usuários. No Brasil, algumas  barreiras dificultam o combate a essa droga que já se tornou uma epidemia, a exemplo: a abordagem social dos centros de reabilitação, e o aumento da  sua abrangência nas diversas classes sociais.                Em primeiro plano tem-se a forma como os centros de reabilitação lidam com a reinserção do paciente na sociedade, pois muitas vezes elas o privam do contato com o exterior de suas instalações, tratando-o como um prisioneiro, causando assim  uma intensificação da vontade de consumir novamente a droga, já que na grande maioria dos casos o paciente vem de anos de uso e dependência e ainda sofre com crises de abstinência.              Em segundo plano está o alcance do crack nas diversas classes sociais, acabando com o estigma de que esta é uma droga utilizada por pessoas de classe baixa ou de pouca renda, um estudo recente feito pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), indicou que mais de 30% dos usuários dessa substância ilícita possuem renda acima de 10.000 reais, indicando com isso que ela já está inserida nas classes de maior poder aquisitivo. Esses dados mostram a necessidade de uma solução multilateral, visto que atinge mais de um grupo social.                Destarte, tornam-se necessárias medidas como, a mudança das politicas inclusivas das instituições de reabilitação - promovidas com uma parceria entre o Ministério da Saúde e empresários do ramo, para assim permitir uma maior liberdade para a pessoa em tratamento, desde que acompanhada por um familiar e um funcionário do recinto. Outra solução seria o incentivo a pessoas com maior poder aquisitivo com casos de usuários na família, para patrocinarem o tratamento de pessoas de renda menor, e com isso ganhariam descontos no imposto de renda - esse incentivo partiria de uma associação entre os Ministérios da Saúde e da Fazenda.