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Enviada em: 25/10/2017

O crack surgiu na década de 1980 nos Estados Unidos. Todavia, chegou ao Brasil no início dos anos noventa e espalhou-se, a princípio, no estado de São Paulo e, depois, em todo país. Segundo um monitoramento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, um em cada cinco cidades tem sério problema com essa droga. Em vista disso, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse grave problema social.      Em primeiro lugar, é fundamental perceber que essa conjuntura deve-se a questões sociais. De acordo com dados da pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, a utilização do crack é resultado de uma vida precária que leva à dependência. Prova disso é o elevado número de usuários encontrados em situação de extrema pobreza que usam a droga nas ruas de municípios brasileiros. Além disso, o consumo de narcóticos piora os problemas que chegaram antes do vício, como a ausência de laços familiares, moradias, trabalho e estudo. Dessa forma, o crack não é o motivo da exclusão, é um componente a mais que favorece o afastamento da sociedade.       Conforme Einstein, ''a curiosidade é mais importante do que o conhecimento''. Nesse sentido, mais da metade dos entrevistados da Pesquisa Nacional sobre o Uso do Crack, indicaram vontade ou curiosidade de sentir seus efeitos, mesmo conhecendo os riscos. Isso ocorre em razão da busca pelo prazer ou da fuga de problemas particulares, uma vez que aproveitam de uma sensação instantânea de conforto dada pelo entorpecente. Por conseguinte, esse sentimento imediato é seguido da obrigação de mais prazer, causando a dependência psicológica. Assim, a necessidade de consumi-la torna-se prioridade na vida do cidadão.        Torna-se claro, portanto, que os caminhos para reduzir a epidemia de crack no país apresentam obstáculos que precisam ser superados. Logo, é preciso que o governo federal crie programas antidrogas por meio de ações nas áreas de assistência social e de direitos humanos, a fim de oferecer tratamento para viciados, moradias e empregos para auxiliá-los na recuperação e na inclusão social. Ademais, os pais devem conversar com os filhos a respeito do assunto, para que as informações sejam convertidas em conhecimentos com o intuito dos jovens discernirem o que é certo do que é errado. Além disso, os professores precisam orientar os alunos ao caminho do conhecimento e do preparo pessoal, por meio de uma conversa com quem já foi usuário para mostrar uma realidade que, talvez, eles não conheçam. Só assim o primeiro passo para solucionar esse problema será dado.