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Enviada em: 30/10/2017

O crack, uma droga conhecida por atingir os mais pobres e os moradores de rua nas grandes cidades hoje faz vítimas entre todas as classes sociais, e espalhadas pelo território brasileiro. Trata-se de uma substância derivada da cocaína e vendida em pequenas pedras que consumidas através do fumo conduzem o indivíduo à dependência total em apenas um mês de uso. Embora com número crescente de doentes, o Brasil não possui uma política de combate e tratamento efetiva, marginalizando seus usuários.  Desinformado sobre suas consequências e a alta dependência que provoca, indivíduos desempregados, sem perspectiva de vida ou de atendimento às suas necessidades veem no crack uma possibilidade de fuga da realidade e o escolhem para aliviar seu sofrimento. Julgados então como marginais e viciados, não recebem a atenção médica necessária, pois além do preconceito social, o país não possui um tratamento adequado e gratuito para essas pessoas, que tem sua situação agravada.  Temos portanto um aumento da criminalidade, da prostituição e até mesmo do furto doméstico, pois o adicto precisa de recursos financeiros para sustentar seu vício. Além disso, famílias são desfeitas, fruto do comportamento agressivo e dos desentendimentos frequentes com o dependente. Esse cenário dissemina o uso e o tráfico do crack tornando-o um problema progressivo do ponto de vista da saúde e da segurança pública.  Logo, além da divulgação frequente de informações sobre as consequências das drogas, é imprescindível a implantação de centros de tratamento especializados para dependentes químicos que proporcionem também o acompanhamento psicológico, preparando-as para os desafios da vida. Em associação com a iniciativa privada o governo deve prover uma ocupação profissional para que o indivíduo possa gradualmente recuperar sua cidadania. Cabe à sociedade participar do acolhimento de pessoas em recuperação, apoiando-as na sua reinserção social.