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Enviada em: 01/11/2017

O Brasil e o mundo enfrenta uma das maiores epidemias de crack de todos os tempos, atingindo não apenas as classes sociais mais baixas como até mesmo crianças de 10 a 11 anos de acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo. Prova disso é o número alarmante de usuários que o Brasil apresenta, levando-o a posição de terceiro lugar no ranking dos maiores consumidores do mundo com base nas informações das Organizações das Nações Unidas (ONU).         É válido considerar, antes de tudo, que o gatilho para a busca da droga começa - na maioria dos casos - desde a infância (período onde se forma a personalidade e o caráter de todo ser humano). É nessa fase onde o indivíduo pode sofrer abusos emocionais, violência psicológica e física ocasionando posteriormente traumas e transtornos psicológicos. Como resultado, na fase adulta, a vítima procura um refúgio para escapar da dor sentimental e acaba encontrando a saída no consumo de entorpecentes. Logo, a dependência da droga é mais uma consequência do que a causa dos problemas.          É evidente que o seu uso constitui em um dos principais combustíveis para o crime, já que cerca de um terço das infrações envolvem as drogas. Contudo, é importante ressaltar que a grande parte desses delitos são em decorrência do comércio ilegal e não apenas pelos usuários. Isso se evidencia pela lei do mercado que defende que quanto maior o risco, maior o lucro; afinal, para obter maiores ganhos a pessoa não se prende a convenções sociais. Esse fator evidencia a falta de êxito no combate as drogas, já que o Estado procura combater o impasse reprimindo o tráfico ao invés de direcionar a atenção nos dependentes, visto que, a oferta é sempre proporcional a procura. Por conseguinte a lei antidrogas pune mas não reeduca.         Entende-se, portanto, assim como Pitágoras defendia que: era necessário educar as crianças para não punir os homens; o importante papel do núcleo familiar e escolar na orientação de crianças e jovens – junto com apoio psicológico – para alertar os riscos do consumo de substâncias entorpecentes. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde maior atenção no apoio de recuperação de dependentes químicos, incentivando e fornecendo verbas para pesquisas inovadoras de tratamento e abrindo centros de apoio a usuários. Sendo assim, um importante passo para o cessar desta grande epidemia nacional.