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Enviada em: 19/01/2018

O combate ao crack tornou-se uma questão de saúde pública. No Brasil, a cidade de São Paulo, que sofre com o crescimento no número de usuários e das denominadas cracolândias, é o retrato da gravidade que o Governo vem enfrentando para conter a quantidade de pessoas que se viciam nessa droga. Diante disso, é preciso repensar se o Estado está agindo de forma correta para impedir e reprimir o tráfico e se as medidas alternativas, como as campanhas de conscientização estão atingindo o seu propósito.         Verificou-se nos últimos anos que o tráfico tem sido o maior responsável por gerar a dependência no crack, contribuindo, significativamente, para o aumento da epidemia. Embora o Estado preveja uma pena de prisão em regime fechado para quem pratique essa atividade ilícita, inclusive, equiparando-a a um crime hediondo, com consequências mais rigorosas na pena, nota-se que não está havendo uma redução no número de traficantes. Este fato demonstra que é preciso uma radical mudança legislativa,  aumentado-se o rigor da punição imposta, com o aumento da pena de prisão e maior tempo de cumprimento da pena em regime fechado. Em conjunto com essas mudanças, é preciso que haja também maior destinação de recursos para a contratação de agentes de segurança e a aquisição de equipamentos que permitam a fiscalização de estradas e fronteiras, a fim de evitar a entrada da droga no país.      Na guerra contra o crack, as campanhas de conscientização são outro fator importante. Os resultados negativos no atual modelo apenas sobre as consequências da droga não está atingindo os resultados esperados. Como uma forte ferramenta de prevenção, esse trabalho precisa de uma mudança sistemática, de modo que fatores como; abandono familiar, desemprego, autoestima, alcoolismo, passem a ser priorizados pelo Governo e recebem a atenção de profissionais capacitados, com acompanhamento psicológico e social, a fim de evitar-se que essas pessoas sejam vitimas do crack.        Portanto, na luta contra essa epidemia é preciso que ocorra uma mudança legislativa na pena do tráfico de drogas, punindo-se com mais rigor o traficante. Essa mudança a ser promovida pelo poder legislativo contribuirá no controle desse problema público, uma vez que evitará uma sensação de impunidade e inibirá essa pratica criminosa. De forma conjunta, é preciso que seja melhorado os recursos dos órgãos de segurança e implementado campanhas de conscientização que ajudem a tratar os motivos que levam muitos usuários a procurarem as drogas, dentre elas, o crack.