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Enviada em: 31/03/2018

Crack: uma questão social precedida por um problema pessoal       É triste observar a força com que o crack domina seus usuários, essa droga altera a realidade de tal forma que seus dependentes perdem o discernimento e comprometem, muitas vezes, o quadro social. Porém, para combater o crack nas cidades brasileiras, é crucial notar que, antes de ser uma questão social, o uso da droga advém da esfera pessoal.       Visto que a droga possui enorme poder destrutivo, optar pelo seu uso é inegavelmente uma atitude de pessoas instáveis, com problemas internos. Para o filósofo Kierkegaard, existe um sentimento desconfortável inerente a existência humana, uma condição angustiosa que se deriva principalmente do medo, ideia reforçada por outros filósofos (Sartre, a exemplo). Portanto, pode haver uma tendência natural que faz com que o ser humano venha a confrontar alguma realidade que, eventualmente, pode o desestabilizar.       Com isso, é perfeitamente crível que o uso do crack esteja associado a uma fuga da realidade, que infelizmente leva a outra ainda pior. Em vista disso, além de inibir o acesso à droga, é essencial que sejam aplicados e desenvolvidos conhecimentos psiquiátricos, com o intuito de tratar um decerto transtorno mental, que ao se agravar e atrelar-se ao vício, leva o usuário a cometer crimes. Controlado por vil necessidade e, consoante com o pensamento Freudiano, que atribui um instinto agressivo à natureza do homem, os dependentes perdem o autocontrole e se tornam inconsequentes, provocando um tenebroso caos social.       Com o propósito de reduzir a presença do crack, o Estado Brasileiro deve dificultar o influxo de drogas através da Polícia Rodoviária Federal, sob o monitoramento das fronteiras brasileiras. Junto a isso, os estados brasileiros devem mobilizar suas Polícias Militares a fim de coibir a comercialização do crack. Mas, para uma redução mais efetiva, o Governo Federal deve regulamentar legalmente a contratação de profissionais capacitados em cuidar de transtornos psiquiátricos e dependência química.