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Enviada em: 17/05/2018

No curta-metragem "Captura dos Friedmans", a vida de uma família é colocada de cabeça para baixo quando, em 1987, a polícia prende o professor de informática Arnold, acusado de pedofilia. Assim como no documentário, grande parte dos aliciadores são pessoas do convívio das crianças, o que aumenta o medo de denunciar. Dessa forma, a pedofilia ganha espaço - real ou virtualmente - e se torna um problema ainda maior.    Nesse contexto, a exposição precoce de crianças nas diversas redes sociais contribui para tal mazela. O advogado americano Ernie Allen, especialista no assunto, diz que os pais subestimam os riscos da internet quando externam seus filhos a esse mundo. Sendo assim, fotos, vídeos ou até mesmo criação de perfis para menores é um grande perigo, que pode resultar em um caso de pedofilia. O substrato dessa razão é o aparecimento de traumas e retração social que prejudicarão a vida futura dessa criança.    Outro condutor dessa problemática é a trivialização de alguns crimes. De acordo com a filósofa Hannah Arendt, a ideologia da "banalidade do mal" se dissemina no imaginário coletivo, açulado pela crença de que não há instrumento que iniba os atos de embrutecimento em relação ao outro. Ou seja, é a "legalização do errado que deixa subentendido ao agressor que é um ato impunível. Então, o produto de tal assertiva é o caimento do rendimento escolar e regressões a uma idade inferior do padecente.    Depreende-se, portanto, que há necessidade de uma reeducação social premente. A família deve controlar os acessos/exposições dos menores nas redes sociais, além de instruí-los sobre os perigos cibernéticos, por meio de diálogos, para que haja prevenção do problema. Por sua vez, o Ministério da Justiça deve elaborar meios de controle para tais crimes virtuais, além de punir severamente os praticantes, a fim de que as vítimas tenham credibilidade que suas denúncias são eficazes. Logo, essa mazela será gradativamente vencida.