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Enviada em: 11/06/2018

No filme norte-americano "Confiar", Anne, uma garota de 14 anos é abusada sexualmente por um pedófilo procurado pela policia num encontro com o que acreditava ser o seu namorado virtual de 16 anos. Tal filme apresenta uma situação mais frequente do que aparenta e que cresce vorazmente no Brasil, prejudicando a integridade física e psicológica de milhares de crianças e adolescentes. Nesse contexto, fica evidente a urgência da tomada de medidas que combatam esse crime no país.               Com os avanços tecnológicos e a ascensão da internet, as pessoas, agora, podem fazer coisas nunca imaginadas como ter páginas pessoais para se comunicar com o mundo todo e acesso fácil a conteúdos de seu interesse. E é justamente nessa liberdade oferecida pelo mundo virtual que o perigo se mostra, uma vez que permite que pedófilos conectem-se com outros, tenham acesso ilimitado a conteúdo pornográfico infantil e criem perfis falsos para aliciar e abusar sexualmente de menores. Além disso, ele possuem a proteção do anonimato, que dificulta o capturamento de criminosos pelos órgãos responsáveis. Dessa forma, são inúmeros os casos de pedofilia na internet, apresentando, só nos dados da ONG Safernet, um total de mais de 35 mil denuncias relatadas.              Entretanto, por ser um problema relativamente novo, ainda há poucas ações de enfrentamento a ele. Nas famílias, muitos país não sabem lidar corretamente com essa tecnologia, visto que não conhecem os riscos oferecidos aos seus filhos e, consequentemente, liberam o uso inconsequente dela, o que torna a facilitar o trabalho dos pedófilos. Outrossim, o Estado até então falha no dever de investigar e apreender suspeitos, focando apenas na assistência das vitimas após o abuso já ter acontecido, uma vez que não concede o devido recurso para a atuação das delegacias de repressão a crimes virtuais. Ademais, as escolas não estão cumprindo sua responsabilidade de disponibilizar educação digital as crianças e adolescentes, exigida na constituição.              Em síntese do exposto e de forma análoga a lei da Inércia de Newton, na qual um corpo mantém seu movimento até que uma força atue sobre ele, é imprescindível a atuação de vários âmbitos da sociedade para impedir que mais crianças e adolescentes sejam vítimas desse crime. Assim sendo, torna-se necessário que o Estado faça sua parte aprimorando as estratégias de combate a esse tipo de crime com investimentos e novas tecnologias, como, por exemplo, aplicação sistemas de reconhecimento facial. E, junto a isso, é preciso que a família e a escola trabalhem juntas num processo de educação digital em que os jovens aprendam sobre os perigos da internet e os país passem a ter mais controle do seu uso pelos filhos. Adicionalmente, é importante a participação da mídia por meio de campanhas publicitárias que informem a população sobre os meios de prevenção e os canais denúncia.