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Enviada em: 23/07/2018

É de conhecimento geral que, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), é dever do Estado garantir a plena proteção contra qualquer tipo de violação à integridade infantil. No entanto, sabe-se que as leis protetivas não condizem com o cenário atual, visto que a persistência de crimes cibernéticos como pedofilia, por exemplo, tem sido evidentes no País, cuja exposição sexual perpetua-se. Logo, percebe-se a desinformação, negligências familiares e ínfimas politicas preventivas.   Em primeira análise já afirmava o sociólogo Talcott Parsons, que a família é uma maquina que produz personalidades. Sob essa ótica, percebe-se que atos de pedofilia virtual estão intrinsecamente ligados ao descaso e negligência dos pais de crianças e adolescentes, cuja falta de atenção e  de diálogo acaba facilitando a exposição deliberada dos mesmos à internet. Sendo assim, o pedófilo utiliza-se da vulnerabilidade infantil para cometer o crime virtual, como fotografar, armazenar ou divulgar fotos de cunho sexual.   Vale ressaltar ainda que, apesar da existência do ECA, crianças e adolescentes ainda sofrem com a atuação de pedófilos na sociedade. Afinal dados divulgados pelo site UOL , em 2017, afirmam que crianças entre 7 e 13 anos correspondem à 60% do total de vítimas de pedofilia, registrados entre os anos de 2011 e 2013. Nesse viés, é preciso pontuar que muitas vítimas não denunciam, por medo ou desinformação de seus direitos e ínfimas políticas de prevenção em escolas, por exemplo, pioram o cenário.   Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Governo e Ministério da Educação para o subsídio de palestras, ministradas por psicólogos, em todas as instituições de ensino, principal âmbito de crianças e adolescentes, tendo em vista a instrução desses jovens de como lidar com crimes de pedofilia virtual. Além disso, é preciso que a mídia informe os direitos do ECA de maneira lúdica, por meio de propagandas infantis, desenhos e influenciadores digitais, no intuito de um maior alcance do entendimento. Ademais, espera-se a conscientização e mudança de hábitos dos familiares, racionalizando o acesso deliberado de crianças à internet.