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Enviada em: 24/08/2018

Com o advento da sociologia e com a progressão dos estudos psicológicos, a pedofilia e outros distúrbios sociais receberam a caracterização de crimes. Entretanto, mesmo hoje sendo caracterizada como crime, a pedofilia é historicamente registrada, desde as festas de amor livre da Antiga Roma, conhecidas como bacanal. Hoje, sobretudo por meio da internet, tal patologia social é permeada, muitas crianças são aliciadas e posteriormente abusadas sexualmente por adultos. Assim, por falhas de fiscalização e participação familiar na vida das crianças, pela pífia atuação midiática governamental sobre a questão e pela falta de leis que auxiliem a Polícia Federal a investigar, o caos continua.   Em primeiro plano, vale salientar que a participação familiar é o caminho fundamental para combater qualquer crime de pedofilia cibernético. Dessarte, embora o Artigo 144 da Constituição Federal garanta que a segurança pública é um dever do Estado, o mesmo afirma que é direito e responsabilidade de todos prezar por ela. Logo, embora a Polícia Federal e órgãos públicos cooperem entre si em prol da segurança da criança, é responsabilidade da família prevenir o problema e denunciá-lo ao menor sinal, pois, é comum que muitos casos sejam denunciados após o abuso sexual e o aliciamento. Ademais, alertar os jovens sobre a banalidade do problema, sobretudo a possibilidade de ocorrência dentro da própria família, significa buscar frenar a infeliz estatística de 40% dos pedófilos, segundo a revista Folha da UOL, serem do mesmo parentesco das vítimas.    Outrossim, mensurar a obstrução e dificuldades do trabalho da Polícia Federal é passo inicial para otimizar o combate à pedofilia na internet. Certamente, aplicativos como "Whatsapp" e "Telegram", ao utilizarem criptografia de ponta, dificultam o trabalho das equipes de inteligência, pois, as mensagens são decodificadas e incompreensíveis para qualquer outra pessoa que não seja o destinatário e o receptor. Em síntese, além de dispor de poucas equipes destinadas ao crime em questão, tal órgão se depara com dificuldades impostas pelas companhias, o que dificulta melhores resultados. Por conseguinte, vale a máxima de Einstein, donde se extrai que de nada adianta realizar as mesmas ações e esperar por resultados melhores.    Portanto, faz-se necessário que as famílias, incentivadas por campanhas publicitárias amplamente difundidas em aplicativos, redes sociais e televisão, fiscalizem o uso da internet pelos jovens, além de instruir e alertar sobre o problema, a fim de prevenir todo e qualquer ato de pedofilia. Junto a isso, urge que o Governo Federal invista maciçamente em concursos e verbas para empoderar o setor da Polícia Federal que trate do problema, para perseguir e punir os criminosos. Por último, o fim da criptografia em "app's" sociais, por Lei sancionada pelo Estado, faz-se necessário, para colaborar com investigações.