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Enviada em: 13/08/2018

Segundo o pensamento de Claude Lévi-Strauss, a interpretação do adequado do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama auxilia na análise da questão de crimes de pedofilia na internet, visto que a comunidade, historicamente, marginaliza as minorias, o que promove a falta de apoio da população e do estado para com essas crianças, dificultando sua participação plena no corpo social- o que evidência uma crise social.    Em primeiro plano, evidencia-se  que a coletividade brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto pelos grupos dominantes no qual o indivíduo que não atende aos requisitos, branco e abastado, sofre uma periferização social. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-se que tais crianças não são valorizados de forma plena, pois as suas necessidades de inclusão social são tidas como  uma obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na realidade, são coletivos e estatais. Segundo dados do G1, só em fevereiro desse ano, foram registrados cerca 1,9 mil casos de assédio infantil na internet, o que demonstra ser urgente a ação dos pais e responsáveis ao monitorar e acompanhar as crianças no uso das redes sociais.     Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de Modernidade Liquida de Zigmunt Bauman, que explica a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismo. Desse modo, o sujeito, ao estar imerso nesse panorama líquido acaba por perpetuar a exclusão e a dificuldade  de se navegar na internet sem maiores problemas, por causa da redução do olhar sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Em vista disso, os desafios para combater a prática da pedofilia nas redes, estão presentes presentes na estruturação desigual e opressora da coletividade, bem como em seu viés individualista, diminuindo as oportunidades sociais.    É evidente, portanto que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas publicas que visem à construção de um mundo melhor. Desarte, o governo deve criar leis especificas para esse tipo de prática da internet, juntamente com os tutores dessas crianças e adolescentes, que devem monitorar suas conversas, promovendo a segurança dos mesmos. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate aos crimes de pedofilia na internet, a fim de construir o progresso sem desconsiderar a ordem. Já dizia o político e ativista social Nelson Mandela, “ A educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo”.