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Enviada em: 16/08/2018

O filme "Confiar" retrata os acontecimentos do pós-trauma das vítimas de pedofilia, nos quais, adolescentes são seduzidos através da internet, comprometendo a sua infância. De conformidade com esse filme  está a realidade brasileira, em que crianças sofrem constantemente com assédios por meio da era digital, contribuindo para o amplo sofrimento nas vítimas e nos seus familiares.      Em primeiro plano, é de grande notoriedade que, graças à Revolução Técnico-científica, os avanços tecnológicos intensificaram as relações sociais e trouxeram inúmeros benefícios para a população.A partir disso, o público infantil torna-se grande alvo de crimes nesse meio,haja vista segundo o EBC, 80% dos indivíduos entre 9 e 17 anos usufruem das tecnologias. Sendo assim, procede também por,muitas vezes, haver uma ausência de diálogos entre os familiares e uma educação inclusiva e explícita sobre os perigos existentes na internet. Corrobora-se então, para o ingresso ainda precoce nessa ferramenta tecnológica,sem a obtenção de informações sobre os limites da exposição de dados ou do próprio corpo. Dessa forma,as crianças tornam-se mais vulneráveis a sofrer com essa problemática, existindo a omissão das fases da vida da criança e com isso, a violação dos seus direitos.       Por conseguinte,segue-se o pensamento de Pierre Bourdieu, em sua tese ele trata sobre "Aquilo que foi criado para se tornar instrumento de democracia direta, não deve ser convertido em mecanismo de opressão simbólica".Alinhado a este contexto,estão os problemas oriundos do mau uso da internet, promovida com o intuito de englobar pessoas e determinadas ações de entretenimento.No entanto, ela acaba sendo utilizada de maneira errônea, colocando crianças em perigo.Com isso, o pedófilo parte da facilidade em evitar sua exposição ao criar perfis falsos, dificultando o trabalho dos órgãos ligados à segurança pública. A partir disso, analisa-se em seguida, os traumas vivenciados pelas vítimas, podendo desencadear transtornos psíquicos em situações em que há sua imagem vinculada nesse ambiente propício à expansão desenfreada, necessitando de atitudes para amenizar tais ocorrências.    Portanto,urgem ações socioestatais no quesito de unir-se ao Ministério da Educação para a realização de medidas socioeducativas, pelas quais visem a introdução de ensinamentos nas instituições acadêmicas acerca dos perigos existentes no meio tecnológico. Para assim, tentar instituir uma orientação efetiva e inclusiva, ampliando o senso crítico dos alunos para amenizar o acesso em determinados sites e sua exposição. Logo, faz-se necessário, a atuação dos pais em impor limites e horários das crianças na internet, para atenuar as possibilidades dos assédios nesse meio.E, por fim, deve existir a participação da sociedade civil em campanhas nas próprias redes sociais, para estimular as denúncias e aos pais, ficando mais atentos com os filhos, protegendo-os e barrando a pedofilia.