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Enviada em: 31/08/2018

O termo pedofilia tem origem na Grécia, e, etimologicamente, significa amizade com crianças. Porém, o real sentido se refere às pessoas que violentam estas sexualmente. Tal prática se intensifica a partir de 1990 com a chegada da internet no Brasil. Nesse viés dois aspectos não devem ser negligenciados: a letargia das famílias, quanto ao monitoramento dos menores, e a falta de políticas públicas para prevenir os crimes pederastas.        Em primeiro lugar,  a ausência dos pais, no que tange o controle dos sites acessados, coloca em risco a integridade de seus filhos. Sob mesmo ponto de vista,  Ernie Allen, advogado e especialista no combate a crimes de exploração infantil, afirma: sem vigilância das redes sociais, as crianças ficam expostas precocemente à pornografia e assuntos sexuais. Dessa forma, o sexo  se naturaliza ainda na infância e os bambinos são facilmente induzidos pelos pedófilos a praticar erotismo pela web.      Em segundo plano, por mais que a pedofilia seja um crime, cabe lembrar que trata-se também de um distúrbio psíquico, problema que não é resolvido somente com a reclusão e pena criminal do indivíduo. Na Alemanha, por exemplo, já existe propaganda que expõe a necessidade de tratar essa parafilia, inclusive há o Projeto de Prevenção Dunkelfeld, criado para terapia em grupo o qual já conta com mais de quatrocentos integrantes que buscaram ajuda. Desse mesmo modo, o governo brasileiro deveria agir a fim de prevenir o crime e não apenas remediá-lo.      Destarte, é imprescindível que o Ministério da Educação e dos Direitos Humanos, por meio das redes de informação ao público, alertem as famílias a ter atenção no histórico de acessos dos aparelhos eletrônicos das crianças, seus contatos nas redes sociais, além de bloquear os links de conteúdo adulto, isso evitaria que os menores mantivessem contato com pessoas perigosas na internet. Ademais, é dever do Ministério da Saúde prover atendimento psiquiátrico que trate o pedófilo, e do Ministério Público Federal, incluir o tratamento para os reclusos. Tais ações podem evitar que mais vítimas sofram e precaver os efeitos da pedofilia online no Brasil.