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Enviada em: 27/09/2018

Com o advento da internet na da Guerra Fria, na segunda metade do século XX, iniciou-se uma nova dinâmica social, tendo em vista que a produção em grande escala de meios de comunicação virtual possibilitou rapidez e, nesse sentido, dinamizou as comunicações entre as pessoas. Contudo, o anonimato "garantido" por essas ferramentas de interação online trouxe diversos problemas para sociedade, entre os quais podemos destacar a pedofilia na internet. Dessa forma, essa problemática ocorre devido ao precário sistema educacional brasileiro, pautado na competitividade, como também ao posicionamento do Estado diante desse Infortúnio.        A princípio, nota-se que o ensino no Brasil é conteudista, mecanizado. Essa forma de ensino, segundo o educador Paulo Freire, estimula apenas a competitividade entre os estudantes. Nessa perspectiva, o conceito de cidadania e participação social deixa a desejar na formação educacionais dos jovens brasileiros, os quais impulsionados por um bombardeamento midiático acabam, de forma precoce, tendo acesso à ferramentas de comunicação virtual, como bate papo, por exemplo, e, como não desenvolveram maturidade pra distinguir os perigos proporcionados pela internet, fornecem informações primordiais para o ataque de doentes sexuais.          Em segundo Plano, a inércia do governo para desenvolver mecanismos para antecipar o crime, ou uma posterior punição adequada, também cumpre papel relevante para o aumento nos casos de pedofilia na internet no Brasil, pois, apesar que, na Constituição Federal, de 1988, exista a garantia do direito à segurança, não existe, na literatura do Código Penal brasileiro, um crime que faça referencia, de forma taxativa, a pedofilia na internet. Destarte, muitas crianças ainda sofrem com investidas de pessoas com distúrbios mentais que buscam  ter relações sexuais. Essa fato, infelizmente, ocorre principalmente com jovens de 7 à 13 anos,  segundo dados da 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia.       Por fim, é necessário que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar os crimes cibernéticos. Para isso, o Ministério da Educação deverá, junto às escolas, desenvolver projetos educacionais, como a semana do combate à pedofilia, com estudos de casos e peças teatrais que possam conscientizar os jovens sobre os perigos que os meios de comunicação podem trazer, como também a importância do acompanhamento dos pais no uso dos computadores, ou outras ferramentas de comunicação virtual, para, dessa forma, evitar futuras vítimas da pedofilia virtual.