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Enviada em: 03/10/2018

Indubitavelmente, a internet revolucionou o mundo ao democratizar a informação e possibilitar comunicação de forma rápida e dinâmica. No entanto, essa ferramenta revolucionária também tem sido utilizada para um crime nefasto: a pedofilia. Nesse sentido, dois fatores se apresentam como empecilhos para combater a pedofilia no mundo virtual: anonimato e exposição exagerada de crianças em redes sociais.       No teatro, atores usam maquiagem e máscaras para incorporar seus personagens e ocultar suas identidades. De maneira análoga, na internet muitos pedófilos criam perfis falsos que atraem as crianças e se escondem atrás deles. Quando cometem o crime e são descobertos, dificilmente são encontrados na vida real para serem julgados, pois a investigação achou apenas os “personagens” dos criminosos na internet e não a pessoa concreta sem a máscara. Dessa forma, o anonimato dificulta o combate à pedofilia na internet, uma vez que permite que o criminoso se esconda atrás de “máscaras virtuais”.       Além disso, percebe-se na contemporaneidade uma exposição exagerada nas redes sociais, e isso se estende às crianças. Por exemplo, em 2015, o pai de MC Melody foi indiciado pela vara da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro por divulgar na internet fotos e vídeos de sua filha fazendo shows de funk. Embora pareça inofensivo compartilhar fotos/vídeos de crianças na internet, tal material pode ser acessado por pedófilos e consequentemente as crianças das fotos tornam-se possíveis alvos de um ataque.       Destarte, diante dos fatos supracitados, a fim de combater a pedofilia na internet seria viável que o Poder Legislativo em parceria com organizações defensoras dos direitos das crianças para fiscalizar a existência de perfis suspeitos na internet. Somado a isso, cabe aos professores e delegacias de crimes virtuais se articularem para promover nas escolas seminários orientando pais e crianças sobre o uso seguro da internet.