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Enviada em: 13/10/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas(ONU), a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Nesse contexto, não há dúvidas de que as crianças precisam ser protegidas no ambiente virtual. Entretanto, crimes de pedofilia na internet se tornaram uma ameaça constante, no Brasil; a qual ocorre, infelizmente, devido não só à falta de supervisionamento dos pais, mas também à falta de fiscalização na rede, necessitando-se de medidas para atenuar os entraves.       Deve-se pontuar, de início, que a Revolução Técnico-Científico-Informacional trouxe inúmeros benefícios, como a internet e as redes sociais. No entanto, ela criou um ambiente fértil para pedófilos, os quais pedem fotos íntimas do infante e até mesmo marcam encontros em troca de brinquedos. Desse modo, quando não há supervisionamento dos pais sobre o que a criança está acessando na rede, fica mais fácil para os agressores agirem, procurando, sobretudo, por mulheres, como mostram os dados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa(DHPP): 80% das vitimas de pedofilia na internet são crianças do sexo feminino.       Além disso, vale ressaltar que são poucos os pedófilos que são devidamente identificados e punidos. Apesar da existência da Lei Nº 13.441 de 2017, a qual  permite que agentes policiais se infiltrem na internet no combate à pedofilia, isso não é o suficiente para coibir os cidadãos de má índole na rede, pois eles agem sutilmente e, quase sempre, são conhecidos da vítima. Segundo dados do  DHPP, 60% dos pedófilos são vizinhos ou amigos próximos, os outros 40% são parentes da criança. Dessa forma, se não houver meios para a denúncia e investigação dos agressores, as crianças ficarão à merce da pedofilia, prejudicando a sua segurança.              Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para o combate desse mal. Cabe aos pais darem atenção ao conteúdo acessado pelos pequenos cidadãos, por intermédio de aplicativos que permitam o monitoramento remoto da tela do aparelho, do bloqueio de sites impróprios e da verificação constante das conversas virtuais que são feitas por eles, para garantir o acesso seguro e responsável dessa parcela da população. Outrossim, cabe às empresas de redes sociais, em conjunto com a polícia, garantirem a identificação e punição dos pedófilos, por meio de um botão virtual de segurança que, quando apertado, aciona e envia à policia os dados da conversa e a identificação do aparelho do suposto pedófilo, para que, após a averiguação dos fatos, ele seja identificado e não saia impune.