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Enviada em: 23/10/2018

Durante a Antiguidade Clássica, as atividades sexuais eram tidas como algo natural do ser humano, sendo praticada, inclusive, entre adultos e crianças. Embora date de séculos atrás, essa prática, em pleno século XXI, ainda está presente na humanidade, todavia, com a evolução do pensamento crítico e científico, tem-se que, hodiernamente, esse gesto caracteriza-se como um crime aos direitos humanos. No entanto, em virtude dos avanços tecnológicos e da frágil fiscalização governamental, constata-se que, no âmbito virtual, a pedofilia está cada vez mais presente na sociedade.       A priori, é de amplo conhecimento que a Revolução Técnico-Científico-Informacional, viabilizada no século XX, modificou o cenário das relações humanas, sobretudo no campo da telecomunicação. Com a popularização do acesso à internet, houve um aumento sem precedentes do número de crianças que fazem uso das redes sociais, o que têm facilitado o contato dessas pessoas com indivíduos diversificados, sendo, não raro, com adultos mal intencionados. Nesse contexto, percebe-se que, em razão da falta de acompanhamento de um adulto com a criança durante as navegações, os criminosos se aproveitam da fragilidade dos pequenos para obterem benefícios próprios, o que resulta, em grande parte dos casos, em danos morais e psicológicos às vítimas, acompanhando-as por toda a vida.      Outrossim, destaca-se a omissão do poder público como grande impulsionador do impasse. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a frágil gestão dos crimes de pedofilia na internet rompe essa harmonia, tendo em vista que, de acordo com dados da Polícia Federal, os crimes de abuso infantil no âmbito digital cresceram cerca de 50% nos últimos anos. Isso ocorre, principalmente, devido às ineficientes políticas de controle no país, pois, em grande parte dos casos, o criminoso não é preso e, quando há a prisão, o detento não cumpre toda a sentença, o que evidencia que a impunidade, no Brasil, colabora com a persistência do problema.       Em suma, os crimes de pedofilia na internet representam uma ameaça aos direitos das Crianças e Adolescentes, tornando-se necessário combatê-los. É mister, portanto, que o Governo Federal, em conjunto com a instituição familiar, trabalhe a prevenção e punição dos envolvidos. Para isso, é imprescindível que os pais das crianças se disponham a colaborar fiscalizando os sites e contatos das crianças nas redes sociais e, quando houver algum suspeito, cabe aos responsáveis denunciar às autoridades legais. Destarte, é papel do poder público garantir que as denúncias sejam devidamente investigadas pela Polícia Federal e julgadas por juízes e defensores públicos, garantindo que, caso haja culpa, o criminoso seja devidamente punido pela justiça, a fim de garantir a integridade física e emocional das vítimas. Desse modo, o equilíbrio aristotélico será alcançado no país,