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Enviada em: 31/10/2018

Na mitologia grega, as irmãs Danaides, após uma delas desobedecer às ordens de seu pai, foram condenadas a encher com água um tonel no Haddes até transbordar, o que nuca aconteceu, pois esse não tinha fundo. No que tange à contemporaneidade, percebe-se que essa situação tem sido semelhante à realidade, isso porque casos de pedofilia na internet ainda têm sido constantes. Nesse contexto, é cabível analisar não só as raízes desse impasse, mas também o que contribui para que esse persista.   Convém ressaltar, primeiramente, que a a forma como as crianças estão tangíveis às redes é a principal propulsora dessa situação. Consoante a John Locke, o ser humano nasce como uma tábula rasa, ou seja, desprovido de quaisquer ideais ou intelecto. Nesse sentido, é indubitável que os impactos da Revolução Técnico-Científica - fácil acesso à internet -, somados à falta de fiscalização de alguns pais quanto ao que os filhos fazem nos computadores, contribuem diretamente para que os pedófilos se aproveitem, infelizmente, da ingenuidade dos pequenos, induzindo-os à situações de pedofilia.      Em segunda análise, convém pontuar que a falta de medidas efetivas auxilia na persistência desses casos. Análogo a Thomas Hobbes, o homem abre mão da sua liberdade plena, para que, assim, o soberano possa governar e legislar a favor do seu povo. No entanto, a respeito da nação brasileira, é notório que esse conceito tem sido violado à medida que, mesmo frente ao alto índice de casos de aliciamento sexual de crianças na internet, o Estado tem se mostrado ineficiente em questão de combate. Prova disso tem-se os dados divulgados pelo portal Uol, que mostram que cerca de 60% dos casos de pedofilia nas redes envolvem crianças de 7 à 13 anos.   Postas essas questões, infere-se a necessidade de caminhos de combate contra os crimes de pedofilia na internet. Portanto, cabe ao Ministério da Educação atenuar esse paradigma, isso, por meio da criação de oficinas nas escolas que ensinem a maneira como se comportar na internet - evitar de entrar em chat's, conversas com estranhos, mais velhos ou mesmo encontros -, para que, assim, as crianças possam estar protegidas de aliciadores. No mais, é imprescindível que o Ministério da Comunicação interfira nesse impasse, de modo a criar campanhas midiáticas que circulem não só na televisão, mas também nas redes sociais, que ressaltem a importância dos pais analisarem as atividades dos seus filhos na internet, isso, a fim de que, caso venha acontecer esse tipo de situação, o Estado possa intervir, de modo a punir o pedófilo. Ademais, seguindo essas medidas, o Brasil caminhará para um futuro melhor, no qual, a luta contra a pedofilia na internet, diferentemente à luta das irmãs Danaides, terá fim.