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Enviada em: 03/11/2018

Círculo Virtuoso Protecional            Em 2008, foi aprovado o novo Estatuto da Criança e do Adolescente brasileiro. As consequências geradas por esse projeto traduziram-se no aumento exponencial da eficiência da Polícia Federal na captura de pedófilos na internet. O crescente número de crianças e adolescentes aliciados todo ano revela, no entanto, que esse quadro está longe de ser revertido. Dessa forma, é preciso buscar soluções que maximizem a ação judicial contra a pedofilia online e minimizem o número de abusos, no país.            Em um primeiro plano, deve-se entender que o aumento do uso da internet por menores representa uma série de problemas no combate aos crimes virtuais. Nesse sentido, a falta de discernimento dos menores sobre o que revelar às pessoas estranhas em ambiente online facilita a ação de pedófilos que utilizam o anonimato da rede para atrair suas vítimas. Logo, faz-se necessária a aplicação efetiva da Lei 13.447, promulgada em 2017, para a atuação de agentes da Polícia Federal na internet em busca de possíveis aliciadores de jovens.            Entretanto, ainda que haja mais segurança online, casos de crianças que revelam as suas informações online e atraem o pedófilo para perto fazem com que a ação dos órgãos de segurança seja prejudicada. Para amenizar tal quadro, campanhas de conscientização de pais e adolescentes devem ser criadas pelos órgãos educacionais, tal qual o Ministério da Educação, a fim de aumentar o controle que as pessoas têm de seus dados online e conscientizá-las a respeito de abusadores. Afinal, não basta criar leis contra a pederastia, como a 13.447, se muitos não sabem se proteger na rede contra um pervertido.            Torna-se evidente, portanto, que o país precisa proteger de forma mais eficiente suas novas gerações, cada vez mais conectadas. Com esse objetivo, além das medidas anteriormente citadas, a criação de campanhas de conscientização de crianças nas escolas por meio de palestras, como as promovidas pela ONG Faça Bonito, sobre o uso correto das mídias e o controle dos seus "amigos virtuais" fariam com que muitos aliciadores pudessem ser identificados mais facilmente e então denunciados aos órgãos da Segurança Pública. Com menos jovens expostos e mais abusos virtuais evitados, a reação social da promoção da segurança de todos na WEB certamente será agilizada.