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Enviada em: 02/11/2018

A pedofilia não é uma invenção atual, na Grécia Antiga, era comum a prática sexual entre um jovem e uma pessoa mais velha como forma de iniciação para a vida sexual. Hoje, sabemos que tais praticas são absurdas e condenáveis, porém, não quer dizer que elas se extinguiram. O advento da internet e das mídias sociais facilitou a ocorrência de crimes de pedofilia, já que a omissão familiar no monitoramento das crianças na internet é maior e há pouca de abordagem sobre sexualidade no ambiente escolar.    A Segunda Guerra Mundial, teve como consequência avanços significativos na área de tecnologia e comunicação, possibilitando posteriormente a criação de computadores e da internet. Embora esses avanços tragam inúmeros benefícios para a vida moderna, com eles também vem as consequências. Segundo Ernie Allen, especialista no combate a crimes de exploração infantil, a utilização precoce e não monitorada da rede por parte das crianças pode apresentar grandes riscos, tendo em vista que que a internet permite um contato maior com desconhecidos e é um ambiente de fácil acesso a diversos tipos de conteúdo. Dessa forma, a negligencia familiar pode provocar a exposição de conteúdos inapropriados para menores e chances maiores de contato com pedófilos.    Além da questão anterior, a falta de discussão e abordagem do problema em salas de aulas colaboram para sua persistência. Tanto as instituições de ensino quanto os pais, têm papeis fundamentais na formação educacional de uma criança. Segundo Itamar Gonçalves, ativista da ONG Childhood Brasil - empenhada no combate da violência sexual contra crianças e adolescentes -, é necessário desmistificar a ideia de que falar sobre sexualidade na infância é orientar uma criança a ter relações sexuais, ao contrario, debater sobre o tema e ensinar educação sexual nas escolas podem ajudar no reconhecimento, denúncia e prevenção de abusos infantis.    Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para resolver o impasse. É dever dos pais monitorar seus filhos enquanto usam a internet, além de orientar a eles a nunca repassar dados ou imagens pessoais para desconhecidos, a fim de proteger e evitar exposição delas a esses tipos de risco. Ademais, o Ministério da Educação, deve incluir no currículo escolar o ensino da educação sexual, através de palestras, com a participação dos pais e dos filhos, com a finalidade de reconhecer possíveis casos de pedofilia e combate-la o mais rápido possível. Dessa forma, poderemos diminuir as chances de crimes de pedofilia online e garantir mais segurança para as crianças.