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Enviada em: 02/11/2018

O filme "Confiar", narra a trajetória de uma jovem, a qual por meio da internet, conhece seu futuro abusador. Posteriormente, ela é abusada sexualmente, e por meio de uma denúncia de terceiros, é levada as autoridades. Além disso, é mostrado seu drama pessoal, junto a conflitos para retomar a sua antiga rotina. Em paralelo com a ficção, relatos de pedofilia são frequentes no Brasil, os quais as vitimas tem como principal perfil crianças menores de 13 anos, sendo que essas na maioria das vezes sofrem abuso por pessoas próximas a ela.       Em primeira análise, a orientação sexual por parte de pais e educadores, de certa forma, pode contribuir a evitar uma possível tentativa de abuso, seja fisicamente, ou por tentativa de intimidação via internet. Parte-se do pressuposto que uma criança que recebe orientação sexual, terá noções perante conversas, sobre seu corpo, logo, saberá impor limites. Entretanto, tal discussão enfrenta forte oposição por parte de pais conservadores, os quais acreditam que esse conteúdo na verdade, é uma inserção precoce a sexualidade. No entanto, dados da Delegacia de Repressão a Pedofilia revela que a principal faixa etária de crianças que sofreram abuso sexual, tinham entre 7 a 13 anos.       Em segunda análise, cabe-se refletir, que o abusador em âmbitos médicos é portador de um transtorno pedofílico, o qual possivelmente tem origens neurológicas, e é passível de tratamento. Contudo, o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece tratamento para esse diagnóstico em baixa escala. Além do mais, tem-se como prioridade a vítima de abuso sexual, que de fato esteve a mercê do abusador, a qual também depende de um atendimento que não é 100% efetivo. Por fim, o aperfeiçoamento do SUS, quanto ao tratamento do possível abusador, e ao pronto atendimento da vítima, são essenciais para erradicação dessa prática, e redução de danos ao indivíduo que sofreu abuso sexual.       Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. O Ministério da Educação em parceria com professores, deve elaborar palestras voltadas para pais e alunos de todas as faixas etárias, abordando temas acerca da pedofilia. As palestras serão realizadas em escolas públicas e privadas, com o objetivo de conscientizar pais e alunos quanto a esse problema público. Outrossim, o Ministério da Saúde, juntamente com psicólogos e psiquiatras, deve elaborar um programa de tratamento à pacientes com transtorno pedofílico, o qual será divulgado via televisão, tendo como objetivo a erradicação dessa prática.