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Enviada em: 01/11/2018

É notória e indizível a superexposição cibernética na qual crianças e adolescentes cotidianamente vivem no Brasil. Devido a isso, numa crescente preocupante, a ascensão de casos de abuso e consumo de conteúdo sexual infantil se mostram cada vez mais presentes. Isso se dá em grande parte por conta da negligência de familiares ao não instruírem seus filhos sobre os cuidados imprescindíveis que eles devem carregar consigo enquanto estiverem no meio virtual. Em primeiro lugar, é válido pautar a forma como a sociedade estigmatiza esse mal, considerado por muitos como uma praga que deve ser erradicada através da violência, ignorando completamente o fato de que a pedofilia primordialmente se refere a um distúrbio psíquico. Nesse viés, tendo em vista as práticas de quem partilha desse transtorno, o Estatuto da Criança e do Adolescente em 2008 passou a prever diversas condutas relacionadas à proteção da criança, visando punir os réus. Entretanto, apesar da Legislação apresentar meios pelos quais a pedofilia pode ser combatida e contornada, a exemplo da Convenção de Budapeste que vigorou em 2004, nota-se uma deficiência pela falta de políticas públicas consistentes para enfrentamento da pedofilia e crimes sexuais. Ademais, constata-se paralelamente à ausência de prioridade dada pelo Estado brasileiro, uma falta de prudência da população, que mesmo diante de tais crimes, optam por manter em secreto, quando deveriam denunciar para que os órgãos responsáveis assumam e lidem com a situação. Portanto, para que esse delito seja combatido, o governo em parceria com escolas e núcleos tecnológicos devem incentivar as famílias desde o berço a conscientizarem suas crianças. Além disso, o ato de expor os praticantes da pedofilia deve ser incentivado através do Disque 100, visando um Brasil onde filhos menores e pais