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Enviada em: 01/11/2018

Em 1948, foi promulgada pela Organização Das Nações Unidas (ONU), a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante o direito à segurança e ao bem-estar para todos. Contudo, os crimes de pedofilia na internet impedem que crianças e adolescentes desfrutem desse direito universal. Nessa perspectiva, nota-se não só a falta de acompanhamento dos pais na vida online dos filhos, mas também o pouco fornecimento de informações à respeito do assunto para a população como problemas que precisam ser superados para que haja o real combate contra essa forma de transgressão.    É indubitável que, no contexto do século XXI, a internet está cada vez mais presente na vida de todos, e com os menores de idade não é diferente. Por fruto disso, tem-se o risco das crianças sofrerem assédio no mundo digital, um mundo que o anonimato prevalece para os criminosos. De acordo com a quarta Delegacia de Repressão à Pedofilia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 60% das vítimas de pedofilia têm de 7 a 13 anos, algo alarmante, já que, isso mostra como a inocência dos pequenos é o alvo dos pedófilos. Cabe aos pais ajudarem a mudar esse quadro, sabendo-se que as crianças precisam ser acompanhadas no uso da internet e educadas à respeito do que fazer nela, como disso o filósofo e pedagogo, Paulo Freire, "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".    Faz-se indispensável, ainda, salientar a falta de informação sobre a problemática como um problema vigente. Sabe-se que, com a maior veiculação do assunto a população ficaria alarmada para o padrão das ações dos pedófilos nas redes sociais, não apenas os pequenos, como seus responsáveis; Conquanto, lamentavelmente, não é isso que acontece no país. Essa situação ignóbil está relacionada à inexistência ou incipiência de políticas públicas que visem mostrar para os cidadãos como identificar casos de pedofilia na internet, incentivando a denúncia, e salientar seus resultados malfazejosos para as vítimas.    Destarte, pela observação dos aspectos analisados, faz-se indispensável que o Estado, por seu caráter abarcativo, em união à DHPP promova uma campanha, que se chamaria "Crianças Online". Nela, policiais e psicólogos dariam palestras em escolas e universidades e participariam de propagandas midiáticas, com o intuito de incentivar o acompanhamento dos pais na vida digital dos filhos e mostrar como identificar o ataque de pedófilos escondidos atrás das telas. Nela, ainda, seria viabilizada 5% da verba destinada à segurança para a investigação desses crimes, com a intenção de melhorar a eficácia do sistema. Logo, essa ameaça constante à integridade dos jovens brasileiros poderá ser combatida.