Materiais:
Enviada em: 01/11/2018

Em "Black Mirror", os avanços tecnológicos, em especial a internet, representam riscos à sociedade e se tornam inimigos em comum a todos cidadãos, visto o espaço que a pedofilia tem tomado . A série distópica de Brooker retrata uma situação semelhante a do Brasil e que traz transtornos, principalmente, à autonomia e à integridade dos usuários das redes sociais, haja vista o crescente número de assédios sexuais por esse mecanismo e a baixa eficiência de gestões governamentais na identificação e punição de pedófilos virtuais.  Nesse sentido, a constituição cidadã de 1988 e a carta de direitos humanos da ONU - Organização das Nações Unidas, criminalizam, em suas diretrizes, qualquer tipo de violência sexual. No entanto, isso não é de fato assegurado, uma vez que a internet se mostra um espaço propicio à prática de pedofilia, seja ao usar identidade falsas e marcar encontros, seja ao incentivar crianças a compartilhar imagens do próprio corpo. Tais situações, segundo dados do G1, têm se tornado cada vez mais comuns devido à capacidade de violentadores não serem identificados e  ao aumento significativo de crianças na internet que, por não possuir senso crítico  formado, são as principais vítimas.   Outrora, a pedofilia era um crime muito comum no período colonial e imperial brasileiro. Essa verdade,  entretanto, começou a ser combatida, de maneira massiva no século vinte e um, com políticas públicas que visam punir tais atrocidades. Comprova-se isso com publicações na página oficial do senado, o qual divulgou a lei 13441/2017 que autoriza a infiltração de policiais no combate à essas situações. Contudo, a definição de anomia, como a condição de ineficácia das normas reguladores, feita pelo sociólogo Dahrendorf no livro " A lei e a Ordem" se aproxima, cada vez mais, da realidade brasileira à medida que, segundo O GLOBO, as taxas de impunidade para com o tipo de violência supracitada é crescente, o que prejudica, em especial, à integridade e segurança das pessoas nas redes sociais.     Vê-se, portanto, a necessidade de medidas que combatam essa problemática. Urge que o Ministério da Educação, em parceria com ONG's, incentive professores a ministrarem palestras aos alunos e pais nas escolas e pela comunidade, a fim de explicar como agir em casos de assédio e mensagens com teor sexual. Além do mais, O Governo Federal, junto ao Ministério da Segurança Pública, deve elaborar políticas públicas ostensivas nas redes sociais e criar fiscalizadores e policia online, com fito de rápida identificação e punição de suspeitos que assediam pela internet, para que, desse modo, a definição de anomia não se aplique ao Brasil e a realidade brasileira se afaste do universo distópico de Brooker.