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Enviada em: 01/11/2018

É possível afirmar que o dia nacional de combate ao abuso sexual e exploração de crianças e adolescentes foi criado em 2000, com o objetivo de conscientizar sobre o consumo de pornografia infantil, já que diversas atividades relacionadas a esse material, como sua produção e difusão, são consideradas crimes pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa prática não é recente e atinge, diariamente, dezenas de menores em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Sendo assim, como o advento das redes sociais, o país passou a enfrentar desafios ainda maiores no combate à pedofilia na internet, como a falta de acompanhamento das famílias e as falhas judiciais.    Em primeiro lugar, é preciso compreender que os pais possibilitam o acesso à rede para crianças cada vez mais novas. Dessa forma, por se encontrarem em condições vulneráveis e sem o acompanhamento da família, os pedófilos intensificaram seus ataques e ampliariam a quantia de perfis falsos. Estudos, realizados pelo site G1, comprovam que o número de inquéritos envolvendo casos de pedofilia que começam ou são cometidos com o auxílio da internet, aumentou em torno de 50% no Rio de Janeiro. Esse cenário é inadmissível, uma vez que viola os direitos garantidos pelo ECA e prejudica o processo de formação dos mesmos.    Em segundo lugar, é válido ressaltar que faltam punições efetivas para crimes virtuais como esses, já que, muitas vezes, os responsáveis não são, de fato, penalizados. Aliado a isso, está o baixo percentual de denúncias, pois pesquisas divulgadas pelo site Época afirmam que apenas 35% dos casos são notificados. Portanto, analisando o pensamento do filósofo Sartre, “a violência, seja qual for a maneira que se manifesta, é sempre uma derrota”, percebe-se que medidas devem ser tomadas para reverter essa realidade brasileira.   Diante dos fatos supracitados, é preciso que os pais acompanhem de perto os menores, verificando as páginas que acessam e com quais perfis possuem contato, além de se atentarem às mudanças de comportamento e o tempo em que usam a internet, para evitar a exposição das crianças e o ataque de pedófilos. Além disso, é importante que o Ministério da Justiça elabore leis que punam com eficiência os casos de pedofilia e os julguem com a devida rapidez, com o objetivo de impedir que os criminosos aliciem outras crianças. Assim, espera-se que, em um futuro próximo, os índices de pedofilia na internet sejam reduzidos.