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Enviada em: 01/11/2018

O episódio "Manda quem pode" da série Black Mirror conta a história de suplício de um adolescente que tem seu computador hackeado e após isso é flagrado consumindo material pornográfico infantil. Apesar de na alegoria o protagonista não ser um adulto e sim um adolescente, a pedofilia virtual é um problema que vem crescendo à medida que a tecnologia avança e abre brechas para que a pratica desse tipo de crime seja invisível. Fatores como a falta de educação digital oferecida às crianças nas escolas e a impunidade no ambiente virtual agravam o infortúnio.         Em primeira análise, é notório que a falta de instrução dos pais e das escolas acerca dos perigos nas redes sociais é um forte empecilho na problemática. Segundo Paulo Freire, a educação é a principal ferramenta de mudança social do mundo. Tal pensamento em conjunto com o trecho "pois sou criança e não conheço a verdade" da música "Malandragem", entende-se que as crianças tendem a lidar com assuntos sérios de maneira ingênua, o que reflete ao fato de não terem sido educadas sobre.         Além disso, a pedofilia encontra terra fértil na impunidade presente no mundo virtual. Nessa perspectiva, a Máxima de Martin Luther King de que "a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar" cabe muito bem. Dessa forma, apesar de constituírem crimes as hipóteses previstas nos artigos 240 e 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda encontra-se diversos obstáculos para a lei seja posta em prática.     Diante dos fatos acima supracitados, é necessário que haja uma simbiose entre o Ministério da Educação e mídias sociais com intuito de desenvolver palestras e aulas em escolas, realizadas por meio de professores, psicólogos e especialistas no assunto que instruam as crianças e adolescentes acerca da periculosidade do tema. Cabe também a Polícia Federal e o poder Executivo por em prática as leis já vigentes por meio de uma maior fiscalização em principais aplicativos e redes sociais frequentadas por adolescentes. Assim, sanando o infortúnio, pois, como consta Hannah Arendt "A pluralidade é a lei da Terra".