Materiais:
Enviada em: 02/11/2018

O livro Lolita, escrito por Vladimir Nabokov, cujo trata da história de um pedófilo de 40 anos que inicia um tórrido caso de amor com uma criança de 12 anos, mostra uma realidade vivida no Brasil. Nesse bojo, a exposição precoce dos menores nas redes sociais e a morosidade da justiça favorecem a problemática da pedofilia. Por isso, o combate a este problema deve ser considerado uma meta coletiva, urgente e irrevogável.    Sob a perspectiva de Sigmund Freud, psicanalista austríaco, a infância é a fase de maior vulnerabilidade de todo processo de desenvolvimento dos seres humanos. Todavia, a subestimação dos riscos do uso precoce e não monitorado da internet por parte das crianças vai de encontro ao cuidado que se deve ter com base no pensamento exposto. Diante disso, a falta de preocupação dos pais, sem dúvidas, é o fator principal para que até 30% das crianças aos 10 anos de idade tenham contato com conteúdo pornográfico. Nessa ótica, é prejudicial negligenciar o uso da tecnologia por menores.    Ademais, a falta de políticas públicas consistentes para enfrentamento da pedofilia impulsiona tal questão. Apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecer, no artigo 240, pena de reclusão de 4 a 8 anos para quem propagar pornografia de pré-púbere, a insuficiência de recursos para a polícia investigar os casos faz com que sempre fique atrasada em relação à atuação dos exploradores sexuais.    Fica claro, dessa forma, que o crime de pedofilia na internet exige céleres ações. Portanto, cabe à Polícia Federal aliada ao Ministério Público aumentar o investimento na fiscalização dos criminosos, através das denúncias recebidas pela internet e Disque 100, posteriormente punindo-os através do cumprimento integral da lei, assim, fazendo jus ao que propõe o ECA. É imprescindível, ainda, que a família por meio do diálogo eduque seu filho, o alertando para os perigos existentes nas redes, a fim de promover a segurança dos adolescentes no ambiente tecnológico.