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Enviada em: 04/11/2018

Segundo Sigmund Freud, precursor da psicanálise no século XX, o homem moderno está em constante mal-estar, pois encontra-se em uma dicotomia entre os seus impulsos e a civilização. Analisando a teoria do psicanalista vienense, essa realidade imediata perpetua-se com a constante ameaça dos crimes de pedofilia pela internet. Em detrimento da crescente exposição aos meios digitais de crianças e adolescentes, efetiva-se como uma problemática do Brasil atual.       É incontestável que aspectos sociais estejam entre as principais causas do assédio infanto-juvenil. A partir do predominante uso da internet para a comunicação, surge a extrema preocupação atual em ocupar um espaço para socializar. No entanto, segundo os últimos dados relacionados à pedofilia no Brasil, a segurança de crianças e adolescentes encontra-se distante dessa efetivação, haja vista que a necessidade de manter sempre conectado gera o uso precoce de celulares e tablets.        Da mesma forma evidencia-se que ocorre atualmente uma obsessão pela interatividade, o que impulsiona o problema. Segundo Gilles Lipovetsky, o cidadão moderno sempre é um corrupto em potencial. Assim, de maneira análoga ao pensamento do filósofo, a atuação produtiva à sociedade encontra-se distante no país, uma vez que a exposição na internet parte muitas vezes dos próprios pais, os quais não se dão conta que podem estar colocando os seus filhos em risco.        Um atenuante ao mal-estar citado inicialmente, a fim de conter o avanço da pedofilia na internet, deve tornar-se efetivo, posto que a presença de crianças e adolescentes na internet garantem resistência ao problema. Sendo assim, deputados e senadores devem, por meio da proposição e discussão, estabelecer leis que facilitem a investigação por parte de equipes policiais de crimes que envolvam a pedofilia. Aliado a isso, o Ministério Público Federal deve dedicar-se à elaboração de projetos e sociais a fim de combater a constância da exposição infanto-juvenil em meios digitais, como aumentar a divulgação de campanhas direcionadas aos pais e filhos, em redes sociais, rádio e televisão, informando medidas de proteção contra abusadores, e incentivando a denúncia anônima pelo número 100.