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Enviada em: 03/11/2018

No documentário "A ira de um anjo" é narrado a história verídica de uma menina que após sofrer anos de abuso sexual desenvolveu inúmeras patologias mentais como resposta à violência sofrida na infância. Nessa conjuntura, dentro do ambiente virtual, os crimes de pedofilia ainda são recorrentes e podem causar danos igualmente fatais ao abuso praticado fora da internet, isso em decorrência da falta de participação dos pais na vida digital das crianças, e da ausência de denúncias e impunidade que perpetua na internet como ambiente sem lei.       A priori, é importante destacar que dentro do mundo digital, uma criança não possui discernimento de reconhecer pessoas e situações que podem ser prejudiciais, cabendo a família dialogar e controlar de maneira saudável, as páginas e conversas acessadas por seus filhos. De acordo com o médico Sigmund Freud, a influência dos pais governa os filhos, sendo necessário que os responsáveis pela criança participem integralmente das atividades digitais dos filhos que sejam menores de idade. Em contraponto, famílias que não acompanham o mundo digital que as crianças tem acesso, acabam deixando essas expostas à conversas, pessoas e páginas com conteúdo de pedofilia.       Outrossim, a pedofilia na internet tem um espaço amplo para disseminar seu conteúdo de forma anônima e oculta. Além disso, são poucos os incentivos à denúncia quando a prática de pedofilia, seja compartilhamento de pornografia infantil ou assédio, são feitos no mundo digital, já que, existe a impressão de que a internet é uma terra sem lei ou que os casos de pedofilia não saem de lá. Todavia, tal afirmação está equivocada, já que, de acordo com uma matéria divulgada pelo jornal "G1", a Polícia Federal afirma que a maioria dos casos de pedofilia começam pela internet.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Para incentivar a família sobre o papel de monitorar o acesso das crianças, o Ministério da Educação deve criar uma campanha por intermédio dos meios de comunicação, exemplificando casos de pedofilia que foram evitados a partir da intervenção da família e sobre a importância de denúnciar, para que assim os pais monitorem e diminuam a exposição dos filhos para pedófilos. Além disso, a Polícia Federal em parceria com profissionais da Tecnologia da Informação, devem criar um sistema de rastreamento online que por meio de um algoritmo reconhecerá palavras-chaves que façam referência à sexualização infantil, pornografia de menores e qualquer palavra que tenha por objetivo a referencia a atos libidinosos com crianças, para que os responsáveis sejam investigados e punidos caso for constatado a relação com pedofilia. Dessa forma, a pedofilia na internet seria combatida progressivamente, e assim, evitaria casos traumatizantes para crianças e famílias.