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Enviada em: 22/03/2019

A Constituição cidadã de 1988 prevê em seu artigo 227 que é dever do estado e da sociedade proteger a criança de toda e qualquer forma de negligência, discriminação e exploração. No entanto, tal prerrogativa legal não é vivenciada com ênfase na prática, tendo em vista que, a omissão da família e o desvelo do estado tornam-se fatores cruciais para o aumento de crimes de pedofilia na internet, que impede o avanço social e corrompe dia após dia a população.   Primordialmente, cabe considerar que a ausência da família no desenvolvimento das crianças corroboram para intensificar o problema. Isso se dá na medida em que as relações parentais tornam-se frágeis e individuais, conforme defende o sociólogo Zygmund Bauman no conceito de '' Modernidade Líquida''. Em decorrência dessa fragilidade nos laços afetivos, o individualismo abre portas para o apego ao mundo virtual, em que as crianças navegam, por vezes, sem inspeção dos país expondo seus endereços, hobbies e medos, ficando assim, vulneráveis aos pedófilos.   É importante mencionar ainda, que não só o descaso da familiar, como também, a inoperância do poder público abastecem a problemática. Falha na segurança virtual, por exemplo, permite que crianças envie imagens íntimas ou acessem sites adultos, e a partir disso são encontradas, seduzidas, enganadas e nas piores hipóteses, abusadas. De acordo com dados apresentados pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), os casos de pedofilia que começa ou são cometidos com ajuda da internet aumentaram em torno de 50% no número de casos, o que deixa claro a urgência de políticas públicas para sanar esse problema.   Portanto, é mister que o estado tome providências para mudar o quadro atual. Para conscientizar a população a respeito do problema, urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nos meios de comunicação que enfatize a importância dos laços familiares -conversas, conselhos e companheirismo- alertando as pessoas a respeito das consequências do individualismo, sobretudo, para as crianças. É importante ainda, que o poder Legislativo seja mais severo em suas punições para crimes virtuais, principalmente com delitos relacionados a pedofilia infantil, elevando as sentenças e multas para os que desobedecerem as leis. Somente assim, será possível combater os crimes de pedofilia online e promover o bem estar social.