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Enviada em: 01/11/2017

A Revolução Técnico-científica do século XX inaugurou a “Era da Informação”, na qual é inegável o papel transformador da internet nos meios de comunicação, uma vez que trouxe benefícios tecnológicos e rege o mundo globalizado. Entretanto, esse cenário informacional, simultaneamente gerou os denominados "crimes virtuais", sendo um deles a pedofilia. Nesse âmbito, pode-se analisar a necessidade de buscar meios de refutar esse problema que tem crescido, devido à ausência dos pais e também, porque na internet é mais complicado identificar o criminoso.     Em primeiro lugar, vale ressaltar que a pedofilia e a pornografia infantil não são novidades, visto que elas se encontram inseridas em nossa sociedade há tempos. De modo que, a atual geração, que já nascem tendo acesso às novas tecnologias e estão conectados à web, desde muito cedo. Diante disso, segundo levantamentos feitos pelo Globo News, no Brasil, oito em cada dez crianças e adolescente têm acesso à internet, de forma que se encontram expostos a criminosos que atuam online. Ademais, concomitantemente, hoje, os pais se encontram mais tempo fora de casa, principalmente com a entrada da mulher no mercado de trabalho, nos últimos 30 anos. Isso faz com que os jovens fiquem mais vulneráveis a ação de pedófilos, porque falta fiscalização.      Por outro lado, cabe destacar também, que no país, só em 2017, que foi sancionada a Lei 13.441/2017, que visa combater o crime de pedofilia na internet, isso demonstra a impunidade, que auxilia o crescimento desse tipo de infração. De forma que, o uso da internet para a divulgação de pornografia infantil e atos de pedofilia, se tornou comum, pois é mais difícil identificar o criminoso, que cria perfis “fakes” nas redes sociais. Ademais, um dos maiores desafios da investigação de casos de pedofilia na internet é traçar um perfil do infrator, que pode ter idade variada, pertencer a qualquer nível social ou ser escolarizado ou não. Assim, tais fatos dificultam o combate desse tipo de crime.    Fica evidente, portanto, a necessidade de haver ações para sanar esse dilema. Logo, cabe aos pais e familiares, ficarem atentos ao conteúdo que as crianças e adolescentes acessam na internet e ao comportamento delas. Isso tem que ocorrer, por meio da fiscalização, do diálogo e da implantação de programas de segurança nos celulares, computadores e tablets. Tais medidas devem ser tomadas, porque a família é a principal entidade social capaz de refutar a pedofilia na internet. Por outro lado, a Polícia Civil precisa colocar em prática de forma eficaz essa lei, sancionado recentemente, com o intuito de reduzir os casos desse tipo de crime online. Já a mídia, deve criar campanhas de conscientização na televisão e redes sociais, financiadas pelo Tribunal de Contas da União, sobre o combate a pedofilia e propagação de pornografia infantil, a fim de alertar a sociedade sobre esse assunto.